Fla elege CBF como vilã e pressiona contra o calendário antes da bola rolar
A diretoria do Flamengo escolheu a CBF como uma vilã nos obstáculos que irá enfrentar na temporada e colocou pressão na entidade antes mesmo do início do Campeonato Brasileiro. O técnico Tite deixou clara a necessidade de "definir prioridades" e antecipou que precisará poupar jogadores.
O que aconteceu
A diretoria do rubro-negro se mostrou insatisfeita com as decisões tomadas pela entidade para o calendário brasileiro. A principal reclamação foi a de não paralisar o Campeonato Brasileiro durante a Copa América.
O vice de futebol, Marcos Braz, chamou o calendário de "irresponsável". O Flamengo calcula que perderá de quatro a oito jogadores durante a competição de seleções.
Todos nós aqui dentro entendemos qual foi a colocação do Tite. Acho que isso é importante, isso já vem à tona agora para se entender quais caminhos serão trilhados. O próprio calendário impõe algumas situações, esse calendário irresponsável ao qual o Flamengo precisa se submeter. Calendário em que vamos jogar nove jogos e teremos seis ou sete jogadores fora
Classificação e jogos
Marcos Braz
O diretor Bruno Spindel lembrou que clubes pediram para a CBF priorizar o Brasileiro. A proposta apresentada pelas agremiações, porém, aconteceu em fevereiro, quatro meses depois da divulgação do calendário por parte da entidade, que preferiu dar prioridade à Copa do Brasil.
Essa escolha de priorizar a Copa do Brasil quem fez foi a CBF. Acho que a CBF fez uma escolha comercial. Ela deve lucrar R$ 200 milhões, R$ 300 milhões. É uma dedução. Do ponto de vista esportivo, não faz sentido você tirar todos os atletas de seleção e desprestigiar o campeonato. É a última vez que vamos tocar nesse tema antes de o campeonato começar. Mas a CBF rompeu um princípio que ela tinha da isonomia quando fez essa escolha. O Brasileiro não tem isonomia esportiva. Ele é mais difícil para os clubes que têm atletas convocados
Bruno Spindel
Spindel sugere que CBF divida lucros
O diretor do Flamengo sugeriu que a CBF divida os lucros com os clubes. Ele acredita que esse seria o preço a se pagar para amenizar os danos de quem cede muitos jogadores às seleções:
"O mínimo que a CBF poderia fazer era pegar os R$ 200, R$ 300 milhões de lucro que ela tem com a Copa do Brasil e distribuir para os clubes que são prejudicados. Aí, pelo menos ia amenizar, ajudar os clubes a compensar as perdas com esses atletas que vão para as seleções", sugeriu Spindel.
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