Zubeldía fala em 'mix' após vitória e exalta três atacantes: 'Sentem o gol'
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Novo técnico do São Paulo, Luis Zubeldía exaltou o uso de três atacantes após a vitória sobre o Barcelona-EQU, em jogo da Libertadores disputado na noite desta quinta-feira (25). O argentino disse ainda, em entrevista coletiva pós-estreia, que um "mix" na construção ofensiva foi o fator determinante do 2 a 0 em Guayaquil.
Criação de jogadas. "A equipe teve bons momentos de futebol dentro dos 90 minutos. Em muitas ocasiões, tivemos espaço para atacar por dentro ou fora e aproveitar nossos atacantes, que praticamente eram três: Luciano, Calleri e André Silva — obviamente, sempre com a referência do Ferreirinha pela esquerda. Esse mix de ter a bola e atacar os espaços com a presença de área foi o mais importante, resumindo o que foi o São Paulo."
Sustos defensivos. "Houve momentos em que o Barcelona nos empurrou porque é uma equipe grande e traz muita gente no estádio, na Libertadores é normal esse tipo de situação. É normal, neste caso, o São Paulo sofrer um pouquinho. Mas gostei da equipe e senti que os jogadores estavam cômodos para jogar."
Quatro defensores, três atacantes. "Basicamente, os jogadores foram muito bem neste sistema com quatro defensores, dois volantes, três jogadores mais avançados e um atacante. Mudei um pouco a característica e deixei de jogar com um extremo pela direita: colocamos um atacante [André Silva] que foi a primeira vez que jogou de ponta. Previ que ele poderia render. Ele se comprometeu e sabia que, com Calleri e Luciano pelo centro, poderíamos cruzar para área e seria complicado para o Barcelona. São jogadores de área, que sentem o gol. Fizemos um bom trabalho."
Adaptação (até no idioma). Jogaremos bastante e estamos tratando de fazer o mais simples possível. Pode ser que algumas palavras sejam difíceis de entender, mas aqui há muitos argentinos, uruguaios e paraguaios que me ajudam. Uso imagens... posso falar algo de português. Hoje simplesmente queríamos ganhar, o São Paulo necessita disso e há equipes duríssimas na Libertadores."
Sorte nos gols? "Às vezes, temos ocasiões de gol e por falta de eficácia ou por não poder concretizar, podemos tomar o empate. Assim é o futebol. Hoje, tivemos a bola e, depois, a eficácia. Quando você tem três atacantes, eu tenho a sensação de que o gol está perto. É preciso de paciência e equilíbrio: buscar amplitude, um passe entrelinhas para chegar ao gol. Eu sabia que o Calleri ficaria perto de gol em alguma situação dessas, o mesmo com Luciano, com André e até com o Ferreirinha. São jogadores que sentem o gol."