António reclama de 'fake news', elogia Wesley e explica cobrança a jovem
António Oliveira, técnico do Corinthians, reclamou do que chamou de 'notícias mentirosas' em sua coletiva após a vitória por 3 a 0 sobre o Fluminense, neste domingo (28), pela quarta rodada do Brasileirão.
O que aconteceu
O português falou que notícias são criadas e plantadas no ambiente corintiano com o objetivo de desestabilizar o ambiente. Ele disse que isso é uma das coisas que gostaria de mudar no futebol brasileiro.
Além disso, António elogiou Wesley e explicou a cobrança que faz a ele para que siga evoluindo dentro de suas características.
Outro aspecto importante da manifestação foi citar 'saúde mental' no ambiente de pressão do Timão.
Classificação e jogos
As mudanças que temos feito geram desconforto, caos e até instabilidade. Para isso é preciso tempo. Mas as pessoas não têm paciência. A única coisa que querem é que tenhamos um gol a mais do que o adversário. Se não é assim, é notícia que não acaba mais. O que me entristece é a quantidade de notícia mentirosa que é plantada. Me perguntaram o que podemos mudar no futebol brasileiro, e isso é o que podemos mudar. Deste lado estão pessoas, não são robôs nem animais. Pessoas que merecem respeito, com famílias, com sentimentos, e tudo impacta na saúde mental das pessoas. Sou muito apegado à justiça social, sei que nunca vai existir, mas devemos lutar pela igualdade. E quando dizemos as coisas, precisamos ter cuidado
António Oliveira
O que mais ele disse
Wesley 'folgado'. "Sobre o Wesley, eu já falei da importância de crescer sob ponto de vista técnico e tático para criar variações em seu jogo. Mas isso sobretudo é fora de campo, é saber educar. Nós temos a capacidade, principalmente eu, de ser um pai deles. Um pai da amor e também cobra. Ele é igual aos outros e tem sido cobrado. Esses dias ele chegou para mim e perguntou se eu o tinha chamado de folgado na coletiva, eu falei que sim, e que ele era folgado mesmo. Essa irreverência fica bem entre nós, dentro dos limites, claro. Ele é um bom menino, como todos os outros. Hoje foi importante, mas teve capacidade porque um time o suportou".
Problemas no ataque. "Eu avalio o rendimento semanal, o dia a dia, isso não é novidade. Ele (Wesley) entrou em alguns jogos, talvez não tanto como eu gostaria, mas confio nele e todos sabem disso. Não entrei em pânico (por causa do ataque), pois confio muito neles. O que me preocuparia era se o time não criasse oportunidades. E se formos intelectualmente honestos e olharmos as estatísticas, a equipe finalizou mais de 60 vezes em quatro jogos. Considerando a Sul-Americana já fomos quase a 80. Agora temos que ter eficácia. Se formos avaliar o jogo do perde, não joga nada, ganha, joga muito, é muito redutor e estamos enganando o torcedor. 90% de quem vai olhar as redes sociais é por curiosidade e nós geramos opinião. Isso é muito redutor para a complexidade que é o jogo. Isso é para criar pânico, instabilidade. Mas estamos habituados, sabemos como é a cobrança em um time grande, gigantesco como o Corinthians. E sabemos que isso é o que dá notícia e vai entreter o pessoal durante a semana".
Cobranças. "Sabemos da responsabilidade que é representar um clube dessa dimensão. Nunca fizemos de propósito para não ter o resultado. Foram três jogos em que o resultado não veio. Mas temos que perceber que os jogadores sempre deram tudo. Apenas um jogo que cobrei atitude competitiva, que foi contra o Juventude. A vitória foi de um grupo que está sendo cosntruído. Às vezes damos um pulo para frente, dois para trás, é um time novo. As pessoas cobram muitas vezes sem fundamento, é crítica gratuita, mas as palavras não são pagas e as pessoas falam o que querem. São as regras do jogo no Brasil e sei que é assim porque estou aqui há muitos anos".
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