Rodada tem 'calabreso' gaúcho, zoeira com o Lil Gabi e Felipe Melo sem rumo

A quarta rodada do Brasileirão foi animada e com repertório variado. Teve goleada com zoeira, demissão de treinador, técnico que levou jogadores para o vestiário mais cedo, um golaço de um garoto do Corinthians e um novo líder: o Botafogo. Os episódios foram do pitoresco ao provocativo.

Calma, calabreso gaúcho

A cena do banco de reservas vazio nos minutos finais da derrota do Grêmio para o Bahia foi emblemática. A mais inusitada da rodada.

Fato, no mínimo, raríssimo — para não dizer inédito — no futebol mundial.

O técnico Renato Gaúcho discordou da expulsão de Diego Costa (que já tinha sido substituído) e não só foi para o vestiário mais cedo, como levou os jogadores consigo.

Quem estava em campo ficou acompanhado só pelo médico e o massagista.

Depois do jogo, Renato Gaúcho disparou contra a arbitragem, reclamou da CBF, chegou a dizer que era melhor pedir demissão e ficar de férias na praia. Sem contar a sugestão de que John Textor, dono da SAF Botafogo, que denuncia manipulação de resultados ainda sem provas contundentes, talvez precise ganhar mais atenção.

Ao Bahia, só restou provocar com a frase famosa de Davi, campeão do Big Brother Brasil: "Calma, calabreso".

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Zoeira com o Lil Gabi

A comemoração da torcida do Botafogo no Maracanã, após a vitória sobre o Flamengo, teve Gabigol como alvo.

A musiquinha provocativa e irreverente envolve até alguns "atributos físicos" do atacante rubro-negro, que está suspenso por tentativa de fraude ao exame de doping.

A zoeira tem trechos, digamos, não recomendados para menores. Mas a galera alvinegra estava feliz da vida com os 2 a 0 e a liderança do Brasileirão que não quis nem saber:

"Chama Samu, caiu no antidoping com vergonha do p... E o Gabigol? O Gabigol tem p...zinho"

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Contexto: o relato dos oficiais de controle de dopagem que testaram Gabigol aponta que o jogador tentou esconder a genitália na hora de fazer xixi no copinho, algo que vai contra as regras.

"Quer ver meu p...?", indagou Gabigol a um deles, segundo consta no processo.

Pintura de Wesley

Foi um golaço, uma pintura com requintes de crueldade. O que Wesley fez contra o Fluminense foi um espetáculo para o Corinthians.

O segundo gol da vitória por 3 a 0 foi algo para recordar. Sobretudo pela forma com a qual o atacante deixou Manoel estatelado no chão e fez Felipe Melo perder o rumo.

Finalização certeira. E olha que ele já tinha aberto o placar. O Corinthians estava há três jogos sem fazer gol no Brasileirão. Mas saiu do jejum em grande estilo.

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Felipe Melo nervoso

Por falar no zagueiro do Fluminense, Felipe Melo aprontou uma que passou despercebida pela arbitragem: na comemoração do primeiro gol do Corinthians, deu uma pernada/trombada em Breno Bidon que jogou o garoto no chão.

Renato de quê?

O Fluminense errou tanto no jogo contra o Corinthians que nem o nome na camisa de Renato Augusto estava certo. Saiu R. "Agusto".

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Renato Augusto (e não Agusto) durante o jogo do Fluminense contra o Corinthians
Renato Augusto (e não Agusto) durante o jogo do Fluminense contra o Corinthians Imagem: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE

Fernando Diniz, claro, esta insatisfeito com as falhas do time na saída de bola, que geraram gol e chances ao Corinthians.

"A gente precisa imediatamente parar de errar esse tipo de erro, que o modelo de jogo não permite. São erros muito fáceis de serem evitados, então isso é uma coisa. E uma outra coisa é saber que passou a Libertadores, que passou a Recopa, que o ano 2024 começou", disse Diniz.

Voltinha no Vasco e aplauso em São Januário

O Criciúma nunca tinha vencido o Vasco por 4 a 0. E conseguiu.

Como símbolo desse feito em São Januário, uma voltinha de Yannick Bolasie com a bola trouxe o ar de provocação ao jogo e simbolizou o baile que o time de Santa Catarina deu no cruz-maltino.

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Novidade do Brasileirão neste ano, o congolês Bolasie passou por clubes da Premier League e agora mostra serviço no futebol brasileiro. A voltinha com a bola não foi o lance mais bonito do jogo: o terceiro gol do Tigre, feito por ele, foi um golaço.

A derrota por 4 a 0 ainda igualou outras quatro ocasiões que o Vasco perdeu por essa diferença de gols no Brasileirão, em jogos como mandante.

A torcida vascaína até aplaudiu. Com ironia, claro, recheando a cena constrangedora para os donos da casa.

Pediu demissão ou foi demitido?

A goleada do Criciúma sobre o Vasco deixou cicatrizes imediatas. E uma confusão.

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O Vasco anunciou nas redes socias que o técnico Ramón Díaz estava deixando o comando da equipe, mas a publicação gerou uma guerra de versões em seguida.

Se jogadores e membros da diretoria do clube disseram que o treinador foi quem pediu para sair no vestiário, o argentino disparou na coletiva pós-jogo que nunca tinha sido demitido por Twitter (atual X).

Como pano de fundo, o direito ou não à indenização pela rescisão contratual.

Cuiabá sem Deyvin

Acabou o amor entre Deyverson e Cuiabá. O atacante está afastado por conta de um impasse contratual.

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"O Deyverson tem contrato encerrando com Cuiabá em dezembro e já foi feita uma negociação para assinar um pré-contrato no início do ano de uma prorrogação e ele não aceitou. O Cuiabá resolveu não colocá-lo mais nos jogos. O empresário dele disse que tem um acordo verbal com outro time e por isso optamos em decidir que ele não joga mais pelo Cuiabá até que mude de ideia", disse o presidente do clube, Cristiano Dresch.

A situação é delicada neste início do Brasileirão. São três jogos disputados (um foi adiado), nenhum gol marcado e três derrotas.

O Cuiabá é o lanterna e o único que ainda não somou pontos no campeonato. Tenso.

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