Muricy detalha acerto com Zubeldía e explica por que James não 'engrenou'
Do UOL, em São Paulo
30/04/2024 19h45
Atual coordenador técnico do São Paulo, Muricy Ramalho falou sobre a chegada de Luis Zubeldía, a atual fase de James Rodríguez — que ainda não engrenou no time — e o futuro do lateral-esquerdo Welington na equipe. O ex-técnico deu entrevista à TNT Sports.
O que ele falou?
Acerto com Zubeldía. "A gente já tinha o perfil que estávamos procurando. Marcamos com ele, mas a entrevista não foi feita porque, naquele momento, disseram que não poderia ser feita. A gente não podia esperar, ele entendeu. Fizemos nova entrevista. Aqui não tem esse negócio de mimimi e ressentimento, essas babaquices... comigo não tem. Se o cara é bom, não tem problema. Ele esclareceu que, naquele momento, não estava seguro para aceitar. Não tenho ressentimento de nada. É um bom treinador. O que me interessa é o que ele conhece de futebol e de São Paulo, se conhece o calendário..."
Argentino no dia a dia. "O Zubeldía trabalha muito ao lado de sua comissão. Ele é muito trabalhador, conhece demais o futebol, tem um pouco mais de experiência que o Carpini apesar da idade parecida. O trabalho começou bom, ele é intenso demais, chega muito cedo e sai muito tarde. Estamos começando um novo trabalho. No futebol, se não ganhar, não tem como."
Saída de Carpini. "Não fui só eu que contratei, foi a diretoria. Eu participo, mas há um grupo por trás. Ele quebrou um tabu que incomodava a gente contra o Corinthians e ganhou a Supercopa. [A saída] vai ser boa para a carreira dele, é um cara que tem conhecimento e é trabalhador. Falta algo como todo jovem: a experiência. No Brasil, não se deixa amadurecer. Ele vai dirigir bastante time e, quem sabe, voltar aqui. Eu dei uma volta de dez anos para voltar ao São Paulo. Para a carreira dele, vai ser muito bom."
James Rodríguez. "Ele é um craque, não há dúvida. No treino, você vê ele fazer coisa que quase ninguém faz hoje: toca para o lado olhando para o outro, encontra espaços... é tipo o Ganso. Acontece é que o futebol está muito intenso. Os jogos estão truncados, táticos, de muita intensidade... no vestiário, os jogadores ficam arrebentados. O jogo é muito físico, e isso não favorece ele. Ele sente muito isso, e todos os técnicos exigem isso. O futebol é físico, sabemos disto."
Futuro de Welington. "Já fizemos muitas reuniões, a cada vez nos aproximamos [de uma renovação], mas têm coisas que não são fáceis. Já fizemos várias propostas, a gente quer ficar com ele. A lesão dele não foi tão séria. Ele está com a proposta na mão e está analisando. A gente precisa saber o que vai acontecer com ele. Não há condição de sair agora, seria até dezembro no mínimo, mas a gente espera que dê tudo certo nas próximas conversas."