Tite diz respeitar vaias da torcida do Flamengo e admite 'erro' com Gabigol

Tite admitiu que o momento do Flamengo é difícil, mesmo após a vitória sobre o Amazonas por 1 a 0, pela Copa do Brasil. O técnico ainda disse que respeita e entende as vaias e xingamentos da torcida e, no contexto do jogo no Maracanã, ainda admitiu um "erro" com Gabigol.

"Como eu trabalho a situação emocional, cara? Ela é de respeito ao torcedor. Sempre foi e vai continuar sendo. Porque quando o time não está produzindo, fico quieto. É o mesmo que quando aplaude e fica feliz quando foi campeão e vence clássico. Isso é maturidade, é consciência da atividade. No mesmo momento em que eu vencer, eu receba uma pergunta oposta a essa. É assim", disse Tite.

E qual foi o erro com Gabigol? "Primeiro fiz o reconhecimento em termos físicos. Eu errei de tê-lo colocado num tempo tão grande no jogo. Porque estava um longo tempo fora, e eu o expus. Mas a necessidade do jogo faz. Era um tempo menor que ele tinha para o jogo, e eu quis usar um tempo maior por essa mobilização. Você pode jogar com dois, pode jogar ele com o 9. Ele pode jogar nessas duas variações".

Qual o papel do Gabigol agora? "Um não ganha, grupo ganha. Ele está para dar força em relação à equipe toda".

Falta motivação ao time?

Não vou colocar motivação, senão a gente entra para outro lado? Motivar para jogar no Flamengo, com 60 mil, ganhando o salário que temos? Não é por aí. Às vezes é por capacidade, diante do adversário jogar mais atrás.

O que mais Tite disse:

Desempenho ruim

"Não fez uma boa partida e tem que assumir, principalmente no processo criativo e ofensivo. Esteve abaixo. Ele esteve na capacidade de finalização, na capacidade criativa e na largura do campo. Tem que assumir e temos consciência de que esteve abaixo. Trabalho, não tem outra forma. Quando você vem de duas derrotas e com toda expectativa que vem, o grupo sente. Uma retomada de atletas vai te dar opções. Quando você tem Arrasca e Erick fora, e a gente ter cuidado com Nico e Varela. Cebola fora. Perde esse poderio todo, e a relação de confiança se perde um pouco".

O que é "passo atrás" citado no jogo passado

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"Passo atrás é trabalhar fundamentos. Fiz uma analogia ao Jordan e é do livro dele. Quando a confiança não vem, a criatividade de reprogramação de movimentos vem. É ser simples e objetivo. Ainda queríamos, não atingimos isso. O desafio passa a ser o Bragantino".

Novo sistema

"O sistema 4-4-2 buscamos hoje e faço o agradecimento que fiz ao Gabi no vestiário. Faço publicamente. Não vinha treinando normal, mas a necessidade do jogo pedia um jogador do peso dele para trabalhar com dois atacantes. Afora toda essa mobilização do torcedor e o astral legal. A necessidade o fez. Trabalhamos com 4-4-2 na medida em que Nico se queixava da panturrilha no intervalo, deixamos mais um tempo no período em que não havia o risco de estourar".

Lorran

"Lorran é grande, é jogador de futebol. Estamos trabalhando nesse sentido dele colocar o pé no chão. Mas é jogador grande Com mais gente no meio-campo, a gente fica com troca mais curta, mais passe, mais associativo".

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