CBF rebate clima de terrorismo na arbitragem por ataques de dirigentes

O presidente da comissão de arbitragem da CBF, Wilson Seneme, criticou o que chamou uma tentativa de criar um "clima de terrorismo" contra os árbitros nas competições nacionais. Ele se referia a acusações de manipulação feitas por dirigentes, iniciadas pelo dono do Botafogo, John Textor.

"Não vou dar marketing a situações que foram levantadas sem fundamento. Queremos evitar que esse ambiente se contamine, que saia do ambiente esportivo de jogadores e técnicos", disse Seneme ao ser questionado diretamente sobre Textor.

Mas ele deixou claro que chamou jornalistas para uma conversa e entrevista por conta desses ataques. Depois de Textor, vieram dirigentes de Atlético-GO e Flamengo, o técnico Renato Gaúcho e o jogador Felipe Melo, entre outros.

"Houve a transformação do que são decisões esportivas de árbitro, certas ou erradas, de jogadores e técnicos tentando em situações de erros premeditados. Isso não pode acontecer no futebol brasileiro", disse Seneme.

Ao lado do dirigente de arbitragem, Marcelo Van Gasse, presidente da Abrafut (Associação de Árbitros de Futebol do Brasil), afirmou que os árbitros ficam feridos e que têm de ser tratados como seres humanos. Van Gasse é assistente e ainda está na ativa.

"A partir de agora, estamos pensando em ir para a parte civil. Como associação, vamos para a parte civil. É muito fácil jogar isso e não provar nada", disse ele.

É comum que a Abrafut leve ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) notícias de infração para denunciar dirigentes ou jogadores que fazem ataques acima do tom contra os árbitros.

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