Flamengo agoniza antes de Tite rever Corinthians em papéis invertidos
A derrota do Flamengo para o Palestino, em jogo da Libertadores disputado na noite de terça-feira (7), ampliou a pressão sobre o técnico Tite, que vai reencontrar o Corinthians, um velho conhecido, em situação bastante distinta.
Reencontro amargo
O Rubro-Negro tem apenas uma vitória nas últimas seis partidas. O triunfo solitário neste período ocorreu contra o Amazonas, pela Copa do Brasil, por um magro 1 a 0 no Maracanã — o time da Série B, aliás, não derrota um adversário desde o dia 26 de março.
A derrota mais recente fez Tite admitir a "queda de confiança" de seu elenco. O técnico evitou expor apenas um problema e citou o "conjunto" como fator a ser melhorado.
A pressão ganha cada vez mais corpo: o técnico vem recebendo vaias de parte da torcida nas últimas semanas, vê seu ataque falhar (apenas três gols marcados no período em questão) e não encontra soluções em meio a um elenco recheado.
Classificação e jogos
Eu tenho externado isso e vou repetir: primeiro é o respeito ao torcedor. Ele vai estar triste, e eu tenho respeito. Compete a mim e aos atletas, temos que respeitar o sentimento e as manifestações Tite, após derrota do Fla para o Palestino
Quem vive situação oposta é o Corinthians, próximo adversário do Flamengo. O time comandado pelo português António Oliveira não perde há quatro jogos e recupera a confiança que, por outro lado, acabou perdida pelos rubro-negros.
O mais importante é ganhar. Fizemos grande jogo contra o Fortaleza e não ganhamos. Hoje, não jogamos tão bem e ganhamos, conseguimos nosso objetivo. Parabéns aos jogadores pelo esforço e dedicação que estão tendo nessa sequência de quatro jogos em dez dias António Oliveira, após vitória do Corinthians sobre o Nacional
Tite vai rever o clube onde é (ou era, para alguns) ídolo. O treinador marcou história no alvinegro com títulos importantes e chegou, inclusive, à seleção brasileira graças ao trabalho realizado em São Paulo.
A relação entre as partes estremeceu justamente em outubro do ano passado, quando o técnico, em alta, deu "vácuo" nos paulistas, que vinham em momento conturbado. Dias depois, ele assinou com os cariocas — descumprindo uma então afirmação de que só comandaria times nacionais em 2024 e alegando "ajuste de datas".
Menos de um ano depois, os papéis se inverteram: Tite e Flamengo, em baixa, encaram um Corinthians em alta. O fator Maracanã, palco da partida, pode servir tanto para uma redenção quanto para a intensificação da crise rubro-negra.
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