'Fla e Palmeiras estão jogando videogame no modo amador', diz VP do Grêmio

Eduardo Magrisso, vice-presidente do Grêmio, deu declarações fortes a respeito do posicionamento de Palmeiras e Flamengo sobre não parar o Campeonato Brasileiro.

O que aconteceu

Eu não gostaria de fazer comentários sobre a posição deles [Palmeiras e Flamengo], porque entendo que na posição de dirigente é muito importante defender o interesse do clube. Imagino que Palmeiras e Flamengo, que estão em uma boa posição no campeonato, estejam defendendo os interesses de seus clubes. Mas eles estão jogando videogame no modo amador, aí vão ganhar sempre. Eduardo Magrisso em entrevista para a ESPN

O vice do Grêmio incluiu o São Paulo e reforçou que as declarações dos clubes sobre manter o Brasileirão causaram certa "dor". Além do tricolor gaúcho, Inter e Juventude também pedem o adiamento de três ou quatro rodadas para entenderem o que vai acontecer no Rio Grande do Sul.

"Então, Palmeiras, Flamengo e São Paulo, que fizeram manifestações bem duras e que, de certa forma, nos causou alguma dor, a gente ainda espera que eles entendam. O presidente Guerra vem fazendo conversas insistentes com eles para mostrar a nossa posição", completou.

Magrisso destacou que, para o campeonato manter sua isonomia, é necessário que os clubes tenham igualdade de condições, o que não está acontecendo com os times gaúchos.

"A gente espera que eles mudem de posição e que concordem com a gente vendo a nossa situação. A gente não pode olhar só para o nosso clube, senão a gente não tem adversário para competir. Sem adversário e igualdade de condições, a competição fica muito ruim", pontuou.

Posição do clubes

Os clubes da Liga Forte União (LFU) decidiram nesta segunda-feira (13) se posicionar de forma conjunta a favor da paralisação temporária do Brasileirão. O bloco envolve 11 times da Série A — portanto, a maioria dos 20 clubes.

Os clubes da Série A envolvidos nessa decisão são: Athletico, Botafogo, Cruzeiro, Internacional, Fortaleza, Vasco, Criciúma, Juventude, Fluminense, Atlético-GO e Cuiabá.

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O bloco dos que apoiam a paralisação sobe para 13 clubes, considerando que Grêmio e Atlético-MG apoiam a medida e não fazem parte da LFU e, sim, da Libra.

Já no bloco da Libra, há quem também prefira esperar o dia 27 para se posicionar: é o caso do São Paulo. Palmeiras e Flamengo se mostraram contra a paralisação do Brasileirão.

'38 funcionários perderam tudo'

O Grêmio tem 38 funcionários que perderam tudo. Além de perder tudo, que por si só já é uma tragédia, já lago inimaginável, são pessoas que não têm esperança, que não sabem onde abrigar suas famílias e o que vai ser do futuro. Nós sabemos o que vamos jantar, o que faremos amanhã, eles não sabem, porque não têm para onde ir. E são funcionários tanto da área do futebol, quanto da área administrativa nesta situação. Eduardo Magrisso

A gente não consegue estar bem diante do cenário que existe no Rio Grande do Sul. Depois dos primeiros alagamentos, tivemos três dias de chuvas muito intensas e a previsão é de que a chuva volta dia 16 ou 17. Ou seja, as pessoas sequer têm aquele tempo seco para voltar a suas casa e recuperar suas vidas. E Grêmio, Inter e Juventude estão rigorosamente dentro deste contexto. Nós não somos uma parte diferente do Rio Grande do Sul, tudo que acontece no RS nos atinge. Eduardo Magrisso

Enchentes no RS

O Rio Grande do Sul tem 148 mortes confirmadas. Além dos óbitos, há 124 desaparecidos e 806 pessoas feridas. A informação é de boletim publicado pela Defesa Civil na noite da segunda.

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Mais de 2,1 milhões de pessoas foram afetadas pelas chuvas. Há 538.545 desalojados e 76.884 pessoas em abrigos.

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