Vasco associativo entra na Justiça contra a 777 Partners
O Vasco foi à Justiça contra a 777 Partners, que detém 70% das ações da SAF do clube. A diretoria encabeçada por Pedrinho se mostra preocupada com as recentes acusações contra a empresa, que está sendo processada nos Estados Unidos.
O que aconteceu
A ação está em segredo de Justiça. Ela corre na 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
O Vasco tem como objetivo garantir que as ações da SAF não sejam penhoradas ou dadas como garantia em caso de falência ou insolvência da 777. O clube indica o artigo 477 do Código Civil. A informação foi publicada, inicialmente, pelo "ge":
"Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la Artigo 477".
Classificação e jogos
A ação tem outros temas tratados, segundo o UOL apurou. Um deles é o afastamento de Josh Wander e Steve Pasko do conselho de administração da VascoSAF. Ela aponta também que os 30% comprados pela 777 com os aportes já realizados estão preservados.
O Cruz-Maltino não pede o retorno do modelo associativo. A ideia é manter a VascoSAF em funcionamento.
O UOL procurou o Vasco e a 777 Partners, mas clube e empresa não se pronunciaram sobre o assunto. Caso haja um posicionamento, a matéria será atualizada.
Preocupação com próximo aporte
O Vasco demonstra preocupação e vê um quadro de insegurança quanto ao novo aporte financeiro. A empresa tem de repassar R$ 270 milhões em setembro.
A minha preocupação imediata é o aporte de setembro. É muito preocupante a situação financeira, mas meu problema maior é se eles irão mostrar fôlego até setembro, e está nítido que não terão. O balanço mostrou que se esse aporte não entrar, a chance de não pagar a folha é enorme. Estamos muito preocupados com esse aporte em setembro. Nós notificamos exigindo uma garantia, mas eles negaram
Felipe Carregal Sztajnbok, vice-jurídico do Vasco associativo, ao UOL em 10/5
Denúncias recentes
Segundo o site norueguês "Josimar Football", os sócios Josh Wander e Steve Pasko foram afastados do conselho de futebol da holding. A informação foi publicada na semana passada.
O jornal inglês "Financial Times" também informou que a 777 contratou uma empresa especializada em gerenciamento de crises e falências. O assunto caiu como uma bomba no Cruzmaltino, que já havia notificado a empresa exigindo garantias para o aporte previsto de setembro, algo que foi negado com a alegação de que o contrato estava sendo cumprido, muito embora o aporte anterior, de R$ 120 milhões, tenha atrasado.
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