Tite esquiva sobre Brasileirão parado e vê retomada 'consistente' do Fla

O técnico Tite, do Flamengo, evitou comentar sobre a paralisação do Campeonato Brasileiro após a vitória da equipe sobre o Bolívar. O comandante também afirmou que a retomada do rubro-negro é "consistente, mas parcial".

O que ele falou?

Opinião sobre Brasileirão parado. "Não quero tocar neste ponto, a direção externa. É a primeira vez que vou me pronunciar de forma pública: todo meu carinho e toda minha solidariedade [ao Rio Grande do Sul]. Tenho falado com meus familiares: as pessoas não sabem a dimensão da tragédia que está acontecendo. É fácil falar, mas quem vivencia e ouve os relatos é algo que não consigo imaginar, não consigo dimensionar. O que posso é ajudar ser solidário. Neste aspecto [de Brasileirão], a direção fala."

Fim da oscilação? "Ficamos sem o Arrascaeta, que está voltando hoje. Ficamos sem o Cebolinha, agora sem o Bruno Henrique... Gabigol, Erick, recuperamos o Allan. Essas composições são importantes para deixar os atletas na melhor condição. A retomada é consistente nos dois jogos, porém parcial e que deve continuar crescendo."

Morte de Apolinho. "Do vestiário, fica aqui nossas condolências e sentimentos à família. De longe do Rio Grande do Sul, eu via Apolinho. Vi ele quando era técnico do Flamengo, tem todo um legado muito bonito. Quando no futebol muito pouco se ouve falar mal de alguém, é porque ele é bom. Fica aqui meu abraço à família e nossos sentimentos."

Atuação convincente. "Quantos jogos tivemos neste ano? 25. Há jogos marcantes. O jogo contra o Fluminense, 2 a 0, foi marcante por um volume muito grande. Foi emblemático. Contra o Nova Iguaçu, foi um time só o tempo inteiro. Estes jogos foram referências. Hoje, a agressividade na saída de bola do adversário foi fundamental. O Bolívar é uma equipe muito bem treinada e não abre mão de sair jogando, e sabíamos disso. Sabíamos que a agressão na saída poderia gerar oportunidades. A equipe conseguiu criar um número de oportunidades muito grandes e poderia ter transformado em um placar até mais elástico."

Gerson. "Posição e função são situações diferentes. O Gerson é articulador, essencialmente um meio-campista que chega na frente. Se você olhar, hoje foi 4-4-2, com Cebolinha e Pedro mais agressivos com o Gerson na flutuação para ter a jogada combinada e posse. A outra forma é ter um jogador vertical do lado, que é o Luiz Araújo. A gente usa diante das necessidades. Foi a segunda ou terceira vez que Gerson e Nico [De La Cruz] têm sequência juntos. Essa engrenagem vai se moldando. Talvez tenha sido a primeira vez com Arrascaeta. A equipe vai encontrando suas formas de jogar."

Gerson celebra gol em Flamengo x Bolívar, duelo da Libertadores
Gerson celebra gol em Flamengo x Bolívar, duelo da Libertadores Imagem: Buda Mendes/Getty Images

Críticas de torcedores. "Vocês têm toda capacidade analítica de ver o contexto dos jogos. Hoje, houve um momento em que o Bolívar foi perigoso: logo depois que fizemos 1 a 0. Depois, houve uma supremacia. A gente tem que ter cuidado para não generalizar torcida do Flamengo. A torcida que nos cobra é aquela que nos tem no dia a dia e que tratamos de forma educada, no mesmo nível que o Flamengo merece. Pelo carinho do manto, pela responsabilidade, pelo torcedor que nos acolhe... quantos milhões são? 50 milhões. A gente tem que ter cuidado para não pegar alguns que possam representar o que não é."

De La Cruz poupado? "A gente faz um planejamento a curto, médio e longo prazo, mas o meu é a curto prazo e tenho que pensar no próximo jogo, na condição dos atletas... agora, estamos planejando a distribuição de carga na semana até o jogo contra o Amazonas. O atleta de alto nível tem que ter tempo de recuperação, se não tiver, vai estourar outro tendão, outra coxa... hoje, o Nico quando botou a mão na perna, falei para o doutor: 'olha lá'. Meu planejamento é até o jogo contra o Amazonas."

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Pressão na marcação. "Foi decisivo, e não só a marcação, mas com atitude: agressiva e leal, no 4-1-3-2, ela estabelecia e fazia uma alçada do Nico para induzir os dois externos. Quando a bola batia no lateral, estavam agressivos para cortar a linha de passe. A equipe adversária aposta nisso e sabíamos que seria assim."

Lorran. "O menino joga muito. O Arrascaeta joga muito. Não dá para jogar 12 dentro do campo, tem que optar. Os dois jogaram muito. A gente tem que ter um pouco de calma para que o garoto jogue, senão cria uma expectativa. Imagina colocar ele para jogar hoje e deixar o Arrascaeta, que é decisivo, no banco? Eu queria jogar em 12."

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