Gabigol causa incredulidade no Ninho e fica mais perto de deixar o Flamengo

Aparecer vestindo uma camisa do Corinthians deixou Gabigol ainda mais longe da permanência no Flamengo. O contrato vai até o fim do ano, o futuro é incerto e a recente polêmica deve determinar o rumo longe da Gávea para o camisa 10, que perdeu os aliados e causou incredulidade na diretoria, nos companheiros e na comissão técnica.

O que aconteceu

O episódio não caiu bem com nenhum dos envolvidos no dia a dia do Flamengo. Elenco, comissão, funcionários e diretoria ficaram surpresos e chateados com a atitude do jogador.

Gabigol não teve muitas interações no CT durante a sexta-feira. Ele chegou ao clube cedo, às 14h (reapresentação estava marcada para 15h), fez trabalhos de fisioterapia e depois foi se reunir com a direção.

As decisões foram tomadas por Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Fla. Tanto a definição da multa de 10% do salário CLT quanto a de tirar a camisa 10 do atacante. Foi ele quem comunicou a definição ao atleta durante a tarde.

Rodolfo Landim não esteve no Ninho. Ele participou das conversas anteriores, somente. A reunião no CT foi considerada "formalidade", ou seja, somente para comunicar a decisão.

O jogador não conseguiu provar que a imagem era mentirosa, conforme nota da assessoria no dia anterior. Ele também não assumiu publicamente o erro e soltou comunicado somente falando sobre a perda da camisa 10. O UOL tentou contato com o estafe do atleta para entender se o posicionamento se mantinha, mas não obteve resposta.

A confraternização na casa de Gabriel envolveu alguns funcionários do Flamengo. A ideia era celebrar as pessoas que foram visitar ele durante o período de suspensão. Ele, vale lembrar, foi recebido com aplausos e um corredor de pessoas do clube na volta ao CT.

Longe do Fla

Gabigol ainda nutria algum apoio dentro do Flamengo, mas ficou sem clima. O prestígio junto ao elenco já não era o mesmo de outrora e ganhou novos ares após a imagem vazada. A relação com a torcida, que era de apoio, virou de revolta e decepção.

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O caso teve grande peso para o presidente Rodolfo Landim. O mandatário já tinha restrições com a renovação e avaliou de maneira extremamente negativa o ocorrido. A última palavra sobre renovação ou qualquer outra decisão passa por ele.

Antes favorável à permanência no então camisa 10, Marcos Braz indicou repensar a posição. O vice de Futebol se decepcionou com o atacante e não deve brigar tanto pelo "fico".

A situação atual é de que Gabigol não fica no Flamengo. No meio do ano o jogador poderá assinar um pré-contrato com qualquer outra equipe.

Relação deteriorada

Gabriel Barbosa somou episódios que levaram a relação ao desgaste. O tema da renovação, que antes parecia simples, foi ganhando ares de novela. O Corinthians chegou a dizer que negociava com ele entre o fim do ano passado e o início deste ano.

A decisão de dar a camisa 10 a Gabigol foi de Landim, que conversou diretamente com o atacante. Na época, ele frisou que o número carregava maior responsabilidade, as escolheu acreditar no potencial do atacante. Arrascaeta teve uma promessa anterior de que seria o 10, mas viu a direção optar pelo companheiro.

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O Flamengo esperava que Gabigol assumisse papel de líder, o que não aconteceu. Mesmo com um 2022 bom, dividiu o protagonismo com Pedro e em seguida iniciou a queda técnica que perdura até os dias atuais.

Uma entrevista para o Podpah também não pegou bem no final do ano passado. Só em 2023, o pior ano pelo Flamengo, isso se juntou a uma briga com Marcos Braz no vestiário (Gabigol foi multado), a festa de aniversário, a postagem nos 128 anos do clube e o beijo que mandou a Dorival Jr em entrevista coletiva.

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