O presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, Francisco Cezário, foi preso nesta terça-feira, durante operação que combate desvios de dinheiro na entidade.
O que aconteceu
Segundo o Ministério Público (MPMS), os recursos envolvidos no desvio vieram da CBF e do Estado.
A investigação contabiliza que o montante desviado entre 2018 e 2023 superou R$ 6 milhões.
Cezário foi um dos sete alvos de mandados de prisão preventiva durante a Operação Cartão Vermelho.
Ao todo, 14 mandados de busca e apreensão aconteceram em três municípios: Campo Grande, Dourados e Três Lagoas.
A polícia apreendeu mais R$ 800 mil cumprindo os mandados desta terça.
Como funcionava o esquema
O MP investigou a ação criminosa durante 20 meses e constatou que os envolvidos desviavam valores para si ou para terceiros.
Uma forma comum, segundo o MP, era fazer saque em dinheiro de contas bancárias da Federação, em valores que não passavam de R$ 5 mil.
O montante era rateado entre os participantes do esquema.
Os investigadores contabilizaram mais de 1.200 saques, que totalizaram R$ 3 milhões.
Ainda havia desvio de diárias dos hotéis pagos pelo Estado de Mato Grosso do Sul para o trabalho em partidas do Campeonato Estadual.
O MP aponta ainda que em outros estabelecimentos onde o dinheiro da Federação circulava, o esquema era devolver para os integrantes parte do dinheiro pago pela prestação do serviço ou compra de um produto.
Por isso, os desvios passaram da casa dos R$ 6 milhões.
E o presidente da Federação?
A casa de Francisco Cezário foi um dos pontos em que os policiais apreenderam dinheiro.
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Quero receberEle está na presidência da Federação desde 1998. Ou seja, há 26 anos.
No balanço financeiro de 2023, a Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul fechou o ano com déficit de R$ 218,5 mil.
Mensalmente, a CBF faz um repasse de R$ 120 mil a todas as federações, como parte do programa de apoio às federações, o PAF. A CBF exige que haja prestação de contas dos repasses.
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