Fluminense anuncia renovação de Fernando Diniz até o fim de 2025
O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, anunciou a renovação de contrato com o técnico Fernando Diniz. O vínculo agora vai até dezembro de 2025, quando o mandato do dirigente vai terminar.
O que aconteceu
Bittencourt confirmou a extensão contratual depois da vitória que confirmou a classificação às oitavas de final da Copa do Brasil.
A assinatura ocorreu na tarde desta quarta-feira (22), horas antes da partida contra o Sampaio Corrêa, no Maracanã.
Fernando Diniz chegará a três anos e meio à frente do Flu, se cumprir o contrato até o final.
A negociação com o treinador já durava alguns meses. A permanência de Diniz era um desejo de Mário Bittencourt, independentemente da oscilação na temporada atual.
Na data de hoje, a gente teve o prazer de anunciar a renovação de contrato dele até o final de 2025. É um projeto nosso, de longevidade, de estabilidade do trabalho. Para deixar claro a todos vocês que durante todos esses dois anos que ele está aqui, a gente sempre esteve muito satisfeito com toda a relação que a gente tem, que transcende a questão do trabalho. A gente vinha conversando há bastante tempo. Hoje, tenho a felicidade de dizer que estamos renovando com o nosso treinador campeão da Libertadores, bicampeão estadual, que já nos deu tantas alegrias e continua nos dando e continuará dando. Especialmente porque a gente tem muito prazer e alegria de fazer com que o Fluminense tenha esse treinador
O que mais Mario falou
Confiança no trabalho. "Vai muito no que a gente acredita. Estou há 25 anos no Fluminense somados os períodos como estagiário, advogado, vice-presidente de Futebol... O que mais ouve no futebol brasileiro é que se dá pouco tempo de trabalho, que não dá oportunidade, que tira os treinadores a cada duas, três derrotas.
Já dei algumas entrevistas dizendo, ao longo da gestão, que, normalmente, a dispensa de um treinador se dá por três, quatro resultados ruins em sequência, mas se esquece todos os outros bons resultados anteriores. Um trabalho não pode ser medido em um curto espaço de tempo. Também tivemos momentos de dificuldades em 2022, já com o Fernando. Em 2023 tivemos um momento difícil na final do campeonato... A gente olha o contexto, rodada a rodada. Temos de olhar o trabalho como um todo.
Temos de nos orgulhar de ter um clube com o tamanho do Fluminense, com as conquistas recentes, e tentando fazer algo que sempre cobramos no futebol brasileiro: dar oportunidade de trabalhar e, quando não está indo bem, dar oportunidade para se recuperar. Não é possível que tenhamos conquistado, até o momento na história do clube, tenha conquistado o título mais importante e três meses depois esteja tudo errado".
Avaliação do elenco e temporada. "Primeiramente, em meio de temporada não se faz avaliação se deu certo ou se deu errado a temporada, porque ela não acabou. No meio da temporada a gente faz uma avaliação se a gente tá precisando de uma peça extra, por causa de lesão ou por causa de uma perda por venda de atleta. A princípio, nesse momento, com a chegada do Thiago Silva, se o grupo se mantiver do jeito que está, a gente tá muito satisfeito com o que tem. A gente não faria nenhuma contratação extra, a não ser por uma grande oportunidade. A gente aqui olha como um todo, como grupo. Às vezes tem jogadores que podem não aparecer, e não é uma critica, pois vocês não estão no dia a dia conosco. Mas às vezes tem jogadores que não estão performando no externo, mas internamente estão indo bem nos treinos".
O que Diniz disse
Instabilidade do time. "Eu me sinto verdadeiramente honrado de estar no Fluminense. Desde quando joguei, foi uma casa que sempre me acolheu bem. De 2022 para cá, conseguimos algumas coisas importantes a muitas mãos. Quem trabalha com futebol, tem de procurar passar informação melhor, e não deformar a opinião da torcida. Às vezes, cria uma coisa negativa que é difícil não entrar no CT. Se for olhar em termos de resultado, esse ano temos trabalhado muito, por conta da conquusta da Libertadores e o vice Mundial, e isso tem impacto sobre time. Não só por ter voltado depois, mas todo mundo quer aproveitar um pouco daquilo. E o futebol tem de aproveitar trabalhando, melhorando.
Acho que de um mês para cá, mais ou menos, o Fluminense está pegando um novo espiral de subida. Internamente, tenho reparado nisso. As coisas começam a fluir. Internamente, é um trabalho que a gente faz com muita entrega. Equipe começou com instabilidade, fizemos jogos abaixo da crítica, mas que o Fluminense sirva um pouco de exemplo".
Renovação de contrato. "A renovação me deixa muito alegre. Sou muito feliz trabalhando no Fluminense, e minha família compartilha dessa felicidade. Para mim, é muito bom estar aqui e quero fazer melhor do que fiz até agora".
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Quero receberRetorno de John Kennedy
Mário Bittencourt. "Já é a segunda ou terceira vez em que a gente o abraça, e é muito importante que as pessoas entendam que esse abraço é após a repreensão que a gente deu. Creio que foi entendida, em grande parte, pelas pessoas. O Fluminense tem uma divisão de base muito qualificada, há anos, é um formador de jogadores e, principalmente, de pessoas. Quando a gente dá uma nova oportunidade a um jogador depois de uma indisciplina, a gente está trabalhando muito mais para salvá-lo do que se preocupando especificamente com as questões da instituição. O Fluminense vai fazer outros John Kennedy's ao longo da sua história, como já fez para trás, como fará pra frente. Como fez o Marcelo, outros tantos jogadores que jogam pelo futebol mundial. O mais importante é que o JK possa ser não só um grande jogador, mas também no futuro um exemplo pros filhos dele, outros atletas jovens. A gente fica muito feliz que ele tenha retornado, que tenha entendido que era importante o momento que ele passou".
Fernando Diniz. "Para mim, em especial, é um motivo de alegria o retorno dele. É mais uma oportunidade que a vida dá pra ele e dá pra gente também, que é nessa relação que ele está se construindo. E é muito difícil também ser o John Kennedy, porque atrás do John Kennedy tem uma história difícil e diferente, que talvez vocês não tenham acesso. Porque, para isso, precisa conhecer o John Kennedy e conversar com ele. Acho que eu conheci o John Kennedy mais de 50 vezes. E a gente sempre quer, de fato, estender a mão e tentar ajudar. E é uma relação que tem também muitas mãos ajudando. E o que a gente tenta fazer e o trabalho, de fato, meu pilar central, é na condição humana dos jogadores.
É uma pessoa que joga futebol, e eles trazem dos seus lares, a maioria, uma fragilidade emocional muito grande. Às vezes uma aparente fortaleza, mas quando você se depara com o jogador tete a tete, e vai buscar um pouco mais a sua intimidade, você vê que ali tem um vazio que precisa ser sempre enchido".
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