Após 15h de viagem, clube do Rio vence 1º jogo em Porto Alegre pós-enchente

Foram 15 horas de viagem, sendo dez delas na estrada até Porto Alegre (RS), algo que fez o horário do jogo ser adiado. Depois de uma verdadeira saga para chegar na capital gaúcha, o Volta Redonda venceu o São José (RS) por 3 a 1, pela Série C, na primeira partida oficial na cidade após as enchentes que devastaram a região.

Jogo é adiado em 3 horas por transtornos

A partida no estádio Passo D'Areia passou das 18h30 para às 21h30. O adiamento aconteceu a pedido do Volta Redonda por conta da longa viagem.

A delegação saiu de São Paulo às 6h30 desta terça (28), de avião, rumo à Passo Fundo (RS). E de lá enfrentou dez horas de ônibus até a chegada em Porto Alegre (RS), somente por volta das 21h30.

O Voltaço havia enfrentado o Londrina, na cidade paranaense, no domingo (26). E no mesmo dia seguiu para São Paulo de avião. Por lá treinou no CT da base do Corinthians na segunda (27).

E o retorno ao Rio?

Porto Alegre (RS) / Florianópólis (SC) - O Voltaço dormirá em Porto Alegre após a partida. Nesta quinta-feira (30), viaja de ônibus até Florianópolis (SC) num trajeto de 463 quilômetros e calculado em cerca de sete horas.

Florianópolis (SC) / São Paulo (SP) / Rio de Janeiro (RJ) - Da capital de Santa Catarina, o Volta Redonda pegará um avião até São Paulo e, de lá, um outro até o Rio de Janeiro (RJ).

Rio de Janeiro (RJ) / Volta Redonda (RJ) - Da capital carioca o Voltaço ainda terá um deslocamento de ônibus de 133 quilômetros até sua cidade natal, que leva o mesmo nome do clube. O trajeto é de cerca de duas horas e meia.

Estádio do São José não foi afetado pelas enchentes

O estádio Passo D'Areia, que sediou a partida, não foi afetado pelas enchentes. Com gramado sintético, ele fica situado no bairro de Santa Maria Goretti, na Zona Norte de Porto Alegre.

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A cidade, porém, segue com o aeroporto fechado e com poucas alternativas de acesso e saída via estrada. Por isso, o deslocamento do Volta Redonda foi longo e feito em partes.

Treino do São José era facultativo e funcionários perderam casa

São José treina no estádio de grama sintética do Passo D'Areia, que não foi atingido pelas enchentes
São José treina no estádio de grama sintética do Passo D'Areia, que não foi atingido pelas enchentes Imagem: Divulgação / X do São José

O São José enfrentou muitas dificuldades mesmo não tendo o estádio afetado pelas enchentes. A situação ficou um pouco mais normalizada somente nos últimos dias.

Os treinos estavam sendo facultativos. Por conta das dificuldades de locomoção pela cidade, muitos jogadores e funcionários não conseguiram ir ao clube. As atividades só foram retomadas com todo o plantel na semana passada.

Ao menos dois funcionários perderam suas casas: um preparador físico e um preparador de goleiros.

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Vários jogadores participaram ativamente de resgates e entregas de doações. O próprio estádio Passo D'Areia tem servido de ponto de coleta.

Clubes divergiram sobre paralisação

São José e Volta Redonda divergiram sobre a paralisação na Série C. O clube gaúcho foi a favor, já o carioca se posicionou contra. No total, dos 20 clubes da competição, somente oito votaram para que o torneio parasse.

O São José, inclusive, fez um pedido formal junto com Ypiranga e Caxias, os outros dois clubes gaúchos na competição. O manifesto foi enviado à CBF e à federação gaúcha, e solicitava a paralisação completa das rodadas até o dia 31 de maio, algo que não foi atendido.

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