Zubeldía incorpora o que é o São Paulo na Libertadores em verdadeiro teste
Zubeldía viveu na pele o que a Libertadores significa para o São Paulo em uma noite com vários ingredientes no MorumBis: jogo quente, golaço, sentimento e torcida em peso.
Noite de Libertadores
O técnico argentino saiu vitorioso em seu "verdadeiro teste" comandando o Tricolor paulista no torneio. O duelo contra o Talleres, além de valer a liderança do Grupo B, era contra uma equipe que vinha de 17 jogos de invencibilidade e que o São Paulo nunca havia vencido até então — vinha de três empates e duas derrotas.
A partida foi quente e contou com muita cera do adversário, no maior estilo noite de Libertadores — com direito até a confusão entre jogadores do Talleres e policiais. Os são-paulinos levaram a melhor no embate em campo, bateram o rival por 2 a 0 e avançam com a vantagem de decidir o confronto das oitavas em casa.
Frenético, Zubeldía foi à loucura após o golaço que sacramentou a vitória e correu para comemorar com os jogadores. A extravasada do comandante simbolizou a união do grupo e também o alívio com o objetivo alcançado. Luciano acertou um "pombo sem asa", nas palavras de Lucas, ampliou o placar e fez a casa tricolor explodir.
O argentino se mostrou mais que consciente da identificação do São Paulo com a Libertadores. Na entrevista coletiva, revelou que cresceu acompanhando o time pela televisão, assistiu ao primeiro título, em 1992, e ressaltou que sabe de toda a história do clube no torneio. À beira do gramado, deu prova de sua tese.
Nasci em 1981, aos 4 anos já estava jogando futebol com meus irmãos. Quando tinha 11 [em 1992], assistia Libertadores pela televisão e via o São Paulo. Me criei escutando o Morumbi, escutando o São Paulo. Valorizo muito estar aqui, falo isso aos jovens. Sonhava em estar aqui desde muito pequeno. Sei muito da história, escutava, como não ia saber o que significa a Libertadores para o São Paulo se me criei ouvindo isso?
Zubeldía vive lua de mel no São Paulo e ainda aumentou sua série invicta. O técnico argentino, que foi de longe o mais aplaudido no anúncio da escalação antes da partida, chegou ao seu nono jogo no clube e ainda não sabe o que é perder. São sete vitórias e dois empates na conta.
A torcida apoiou o time desde antes de a bola rolar e bateu o recorde do ano no MorumBis com 56 mil presentes. O duelo das oitavas ainda demorará mais de dois meses, mas a impressão que fica da fase de grupos alimenta a esperança da arquibancada pelo tão sonhado tetracampeonato.