Seleção: Alisson diz estar no auge e revela trabalho focado em longevidade
O goleiro Alisson afirmou que está no "auge do goleiro" aos 31 anos. O jogador do Liverpool deve ser o titular da seleção brasileira na Copa América.
No auge. "Eu celebro meu momento, cada ano que passa eu me sinto melhor, sinto que estou chegando no auge do goleiro pela idade e espero que dure muitos anos esse auge. Cada ano que passa vemos goleiros tendo mais longevidade na carreira e minha mente está preparada para isso Venho trabalhando na longevidade. Tenho 31 anos, praticamente nove de seleção brasileira"
Taffarel e longevidade. "Hoje, trabalhamos também no clube, temos uma relação mais diária e isso foi um benefício gigantesco na minha carreira para continuar evoluindo mesmo chegando a um nível tão alto. Temos coisa para aprender. Como jovem, aprendi observando e como experiente é da mesma maneira. Procuro observar outros goleiros. Tenho a minha característica, o meu modo de jogar, mas chegou uma fase onde preciso cuidar do meu físico e tenho dado uma atenção a isso para ter longevidade na carreira. Acredito no trabalho, no dia a dia. Cada dia é uma oportunidade de evoluir e crescer em todos os sentidos"
Confira outras respostas de Alisson na coletiva de imprensa
Champions
Fico muito feliz por mais uma vez terem brasileiros disputando uma final de Champions. Sempre quando vemos esses grandes jogos, temos o sentimento de querer estar ali, sabendo o quanto é especial. Feliz por eles, jovens que adoramos e são nossos amigos. Vamos estar torcendo. Sei o quanto representa para a carreira. Hoje faz cinco anos que venci, vim disputar uma Copa América em seguida e fomos campeões. Essas conquistas trazem confiança para o jogador e ajudam no decorrer da carreira.
Nova geração de goleiros
Estou do lado dos jovens ainda, Rafael é mais velho que eu. Brasil tem muitos goleiros de qualidade, no Brasileirão e fora. Tendo ausência do Ederson que está entre os três melhores do mundo, mas tendo o Bento que é jovem e chega com muita qualidade. Já teve oportunidade de jogar na seleção, foi muito bem. A gente precisa dessa continuidade, dessa renovação. Precisamos sempre contar com goleiros de qualidade e ele é um deles. Tenho certeza que vai ter uma história duradoura aqui dentro. Rafael também chega com méritos, vem fazendo um ótimo trabalho, não só pelos jogos sólidos, mas tecnicamente preparado.
Lembrança Copa América
Melhor foi quando vencemos. Vencer um título pela seleção brasileira é uma honra enorme.O pior é sempre a eliminação. Quando a gente perdeu chegando na final contra a Argentina foi um momento muito duro. Ser eliminado na primeira Copa América de forma precoce também foi difícil de lidar. Mas no esporte esses momentos difíceis te fazem crescer e os bons dão aquela motivada a mais para viver novamente o que você viveu de bom. É o que espero nessa Copa América. É uma longa caminhada, um grupo jovem, mas de muita qualidade e depende de nós. Não só quando iniciar, mas nessa fase de preparação.
Lideranças
É um momento de transição para nós em certo ponto, muito mais pelo externo. Eu, Danilo Marquinhos, que somos os mais velhos, já desde o tempo dos outros capitães já exercemos certa liderança. A liderança é natural na vida do atleta, não é imposta. Os líderes vão se sobressaindo em algum momento e tendo impacto. Alguns lideram pelas palavras, outros pelos gestos. Tem as lideranças técnicas e isso temos muitas na seleção, jogadores jovens que sempre atuam em alto nível. Aos poucos, eu creio que veremos essas diferenças dos líderes mais técnicos e dos mais verbais. Temos muitos jogadores que já jogaram Copa do Mundo e isso vai credenciando. Vini Jr é um cara que, apesar de jovem, tem levantado a voz para vários assuntos e desde cedo é uma liderança técnica. Acredito que tem o perfil para ser um dos líderes dessa nova geração. Paquetá, Gabriel Magalhães que também tem perfil. O líder vai crescer de maneira natural. O que é mais importante é cada um cumprir seu papel aqui dentro. Às vezes a atitude vai falar mais alto que a palavra.
Robert e Juan Rojas
Fico muito contente de ver os jovens assim tendo essa oportunidade. Acredito que pode ter um grande impacto na vida deles atuar com atletas de alto nível. Lembro que durante minha fase na categorias de base do Inter eu sempre treinadva com o profissional. Ficava na finalização e falta de grandes nomes do futebol e isso me preparou de maneira fantástica par ao futuro. Fez com que elevasse meu nível de maneira mais rápida. Estão tendo uma oportunidade de ouro, principalmente o RObert por ser brasileiro e da seleção sub-20. Isso para ele é uma grande oportunidade e vem fazendo mito bem. GOleiro que tem futuro, a gente espera isso de ver nos jovens essa qualidade e dedicação. Talvez o futebol brasileiro precise ter mais ousadia para confiar nos mais novos, não vemos goleiros jovens atuando nas principais ligas. E temos grande talentos. Precisamos confiar mais neles, dar mais crédito pra eles. Às vezes um goleiro entra, comete um erro e é jogado de lado. Eu também errei na minha carreira e tive a confiança de seguir.
Taffarel
O impacto do Taffa na minha carreira é gigantesco. Ele participou desde a minha primeira convocação na Seleção, já há nove anos, e é praticamente toda a minha carreira como profissional. Eu comecei a jogar no Inter com 21, me tornei titular com 23, e desde essa idade ele trabalha comigo. Grande parte da minha carreira ele estava ao meu lado e fez parte da minha evolução técnica, física, mental e sempre me passou muita tranquilidade. Me ajudou a confiar em mim mesmo em momentos onde pessoas não confiavam e não acreditavam tanto. Ele confiou, me incentivou e no dia a dia me fez trabalhar forte e duro para conquistar o meu espaço.
Evanilson
Foi sorte do Evanilson (risos). Acertar um chute daquele com a perna que não é boa mostra a qualidade dele. Esse clima que a gente tenta criar aqui dentro, acreditamos que com o ambiente de alegria a gente consegue trabalhar melhor com o objetivo de fazer a seleção vencer. O ambiente é para aqueles que chegam já serem abraçados, talvez alguns vão chegar mais tímidos e necessitam desse quebra gelo, às vezes vai ser pegando no pé, às vezes dando um conselho. Essa brincadeira das finalizações é uma maneira de trazer competitividade interna, quando eles (jogadores de linha) estão bravos com as nossas provocações, eles vão caprichar mais e isso vai fazer também a gente crescer.
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