Estêvão no Corinthians? Gerente da base diz: 'Me mandaram o DVD em 2016'

O gerente geral da base do Corinthians, Claudinei Muza, afirmou que o atacante Estêvão, hoje no Palmeiras, foi oferecido a ele durante sua segunda passagem pelo clube do Parque São Jorge.

O que aconteceu

Muza contou que recebeu uma ligação sobre Estêvão, que na época era chamado de Messinho, em 2016: "Me mandaram o DVD". O profissional ficou entre 2014 e 2021 na base do Alvinegro paulista. Ele deu a declaração em entrevista ao Pod Pé, de Marcelinho Carioca.

O gerente disse que identificou qualidade no garoto, mas ponderou que não investiu nele porque teria que trazer a família junto para a capital paulista. Natural de Franca, no interior de São Paulo, a joia tinha nove anos, e o clube só pode acolher atletas no alojamento da base a partir dos 14. Muza frisou que o jovem foi oferecido a ele, que trabalhava no Corinthians.

Pouco depois, Estêvão foi ao Cruzeiro; hoje brilha no Palmeiras e está prestes a ser vendido por mais R$ 360 milhões. A joia, que foi ao Alviverde aos 14, tem três anos depois sua venda encaminhada ao Chelsea.

Na última passagem que tive no Corinthians, fiquei sete anos e meio, em 2016 alguém me ligou. Na época ainda tinha o DVD, me mandaram o DVD dele [Estêvão]. Ele era chamado de Messinho. Morador de Franca, a gente identificou qualidade, mas, para um menino de nove anos, é muito difícil.

A gente acabou não trazendo porque a gente tinha que trazer a família junto. Para se alojar, tirar um garoto da família, tem que ter mais de 14 anos completos. E ele tinha apenas nove. Acabou seguindo, depois foi para o Cruzeiro, apareceu no Palmeiras e hoje é uma realidade. Mas em 2016 ele foi oferecido para mim, não foi para o Corinthians. Foi para mim. Claudinei Muza, gerente geral da base do Corinthians

Possível "chapéu" em 2024

O diretor da base Claudinei Alves disse na última segunda (4) que o Corinthians fez de tudo para tentar segurar Lucas Flora. Na mesma entrevista, o diretor contou que o pai havia tirado o garoto do time em dezembro do ano passado e que a nova gestão, quando assumiu, entrou em contato para que o jovem retornasse. Levaram Flora, inclusive, ao CT Joaquim Grava para conhecer a estrutura e os jogadores do profissional.

O Alvinegro paulista ofereceu R$ 7 mil de salário à joia de dez anos, mais benefícios, totalizando cerca de R$ 18 mil mensais ao clube. Essa foi a segunda proposta oferecida, com o dobro do salário apresentado na primeira.

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Porém, o diretor corintiano afirmou que foi comunicado pelo empresário de Flora de uma proposta superior do Palmeiras: R$ 15 mil de salário e R$ 200 mil em luvas. O Alviverde nega os valores.

Claudinei ainda acrescentou que Augusto Melo ficou abismado: "Nunca vimos uma situação dessa". O clube do Parque São Jorge não oferece o pagamento de luvas aos atletas das categorias de base. "Não paguei nem para os que foram ao profissional", frisou.

Vou abrir valores. Garoto tem de 10 para 11 anos, proposta inicial foi de R$ 3 mil de salário, mais R$ 3 mil de auxílio moradia, mais escola, convênio médico, alimentação, plano odontológico dentro da própria base. Isso geraria um custo de R$ 15 mil mensais.

Aí trocou de empresário, que me ligou explicando que estava com o garoto e que ele tinha essa obrigação de oferecer para dois clubes porque estavam atrás dele. Obrigação perante ao pai. Recentemente, aumentei a proposta por minha conta, dentro do teto que tenho, coloquei R$ 7 mil de salário, despesa de quase R$ 18 mil mensais.

Para minha surpresa, chegou esta semana pelo seu empresário uma proposta feita pelo rival [Palmeiras] de R$ 15 mil de salário mais R$ 200 mil de luvas. Liguei para o presidente, que está em viagem, ficou abismado com isso, nunca vimos situação dessa. Claudinei Alves, no Pod Pé, de Marcelinho Carioca

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