Tetracampeão do mundo com a seleção brasileira em 1994, Romário revelou, nos episódios finais do documentário "Romário: O Cara", da Max, que apoiou um boicote ao ex-atacante Müller naquela edição da Copa do Mundo.
O que aconteceu
Declaração de Müller antes da Copa de 1990 motivou o boicote. Romário entende que o ex-atacante com passagens por São Paulo e Palmeiras não foi respeitoso.
[Em 1990] Nós éramos em cinco atacantes e eu estava nessa situação de recuperação de lesão e, quando perguntado sobre a minha situação, ele [Müller] foi o único que falou que eu poderia ser cortado. Não era um 'corta o Romário', mas que eu poderia ser cortado. Eu achei isso deselegante da parte dele, não foi parceiro. Ele deu essa declaração não foi pra imprensa, foi no meio de conversa com algumas pessoas, fiquei bem decepcionado com ele Romário
Romário disse que se posicionou quando a ida de Bebeto para a Copa de 1994 foi colocada em xeque. O Baixinho explicou que entendia que Ronaldo, à época com 17 anos, era quem merecia ser o reserva da seleção.
[Quiseram tirar o Bebeto do time em 94]... e aí eu me posicionei, primeiro a favor do Bebeto e que, no que dependesse de mim, o Müller não jogaria, porque o Müller não merece jogar nessa Copa do Mundo. Na minha opinião, na saída do Bebeto, quem devia jogar era o Ronaldo.
O diretor da série acredita que Müller não quis participar do documentário por conta da situação em 1990. Bruno Maia, que também produziu "Romário: O Cara", disse que o ex-atacante recusou os convites para entrevistas
O episódio 5, pra mim, é o que tem mais polêmica. Temos o Romário falando que vetou o Muller de jogar na seleção de 1994. [...] Talvez por isso o Muller não tenha aceitado participar da série, apesar do convite
A história de Romário é 'relevante e marcante [...] também pelos âmbitos cultural e social'. Esta é a opinião de Patrício Diaz, gerente sênior de conteúdo de não-ficção da Warner Bros. Discovery. Ele destacou que o Baixinho se destacou um momento importante da história do país.
O protagonista da série [...] tem todos os ingredientes necessários para uma grande narrativa. Tanto o Romário em si quanto a sua história são extremamente interessantes, são únicos. Ele é um personagem autêntico, singular e que se destaca em um momento muito importante da história recente do Brasil.
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