Renato critica falta de apoio de clubes: 'dor de barriga não dá uma vez só'
O técnico Renato Gaúcho voltou a demonstrar insatisfação com a forma como o futebol brasileiro tem tratado a situação dos clubes do Rio Grande do Sul. O treinador chegou a questionar como seria o tratamento caso as mesmas enchentes tivessem acontecido em São Paulo ou no Rio de Janeiro. A declaração foi dada após o empate em 1 a 1 entre Grêmio e Estudiantes (ARG), no Couto Pereira (PR).
A única coisa que me chateia é que todo mundo vê as nossas dificuldades e os clubes não fecharam. E dor de barriga não dá uma vez só. Gostaria de ver um problema desses em São Paulo ou no Rio. Gostaria de ver o que os presidentes dos clubes iriam fazer. E o que o presidente da CBF iria fazer. Resumindo, é cada um com seus problemas, se vira. Por isso que nos fechamos com nosso torcedor, juntamente com nosso presidente, diretoria, jogadores, comissão... Somos profissionais e estamos correndo atrás. Até porque somos pagos para isso. Mas, volto a falar, a decepção ficou. Não de todos os clubes, mas da maioria. E, como falei e volto a repetir: espero que não aconteça em nenhum outro estado. Mas dor de barriga não dá uma vez só. Pode ter certeza.
Renato Gaúcho
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Botafogo é único citado como clube que "fechou": "É lógico que cada presidente tem toda a liberdade de tomar a decisão que bem entende, mas nessas horas a gente viu quem era quem. O Botafogo, por exemplo, o time do Rio, fechou conosco. Viu os problemas que estávamos passando lá. Estou dando um como exemplo. Ninguém tá pedindo para os clubes ficarem com peninha e darem pontos pra gente. Não, a gente não quer isso. Mas eu acho que, juntando a força de todos os clubes, a decisão poderia ser um pouquinho diferente para o nosso estado. Mas não foi dessa forma. O Botafogo, o presidente que contou para mim, fechou o conosco. E praticamente ficou por aí. Essa que é a realidade. Então, a gente vai continuar trabalhando, buscando os resultados, nós somos profissionais. Mas essa dor de barriga não dá uma vez só, não".
Longe dos familiares: "A sequência é difícil como ela é difícil desde o início do campeonato, jogando a cada três dias uma decisão, viagens e, além de tudo, esse problema grave que nós estamos passando lá no Rio Grande do Sul e os jogadores sempre longe das suas famílias. Nós estamos praticamente a um mês longe do nosso estado, longe do nosso familiar, dos nossos amigos, viajando para cima e para baixo, vivendo dentro de avião, vivendo dentro de hotel, dificuldades enormes".
Classificação e jogos
Possibilidade de desfalques: "E agora, como você mesmo falou, tem essa sequência de jogos pelo Brasileiro, que são difíceis também, independente de onde é o jogo. Todos os adversários também querem. E a gente tem que encarar. A cada três dias nós temos uma decisão. Temos, além desses problemas todos aí do nosso estado, problemas de jogadores que estão na seleção dos seus países. Quer dizer, mais desfalques, mais problemas, problemas de lesão... As dificuldades são enormes, mas, vamos lutar.
Agradecimento ao Coritiba: "Agradeci lá no Chile e volto a agradecer ao povo do Paraná, em especial ao clube do Coritiba por ter nos cedido o CT e o Estádio Couto Pereira para que nós pudéssemos fazer os jogos. O Grêmio demonstrou a força dele e a gente agradece mais uma vez ao povo aqui do Paraná por ter nos ajudado, por terem vindo ao estádio e nos darem aquela força. Hoje foi mais uma demonstração de um grande público, juntamente com o nosso torcedor. Agradeço de coração por tudo que o povo do Paraná tem feito por nós aqui em Curitiba".
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