Augusto Melo culpa oposição por saída da Vai de Bet: 'Não aceitam derrota'
O presidente do Corinthians, Augusto Melo, falou nesta segunda-feira (10) sobre a saída da Vai de Bet. O mandatário culpou a oposição pela rescisão de contrato da patrocinadora.
Os opositores não querem o bem do Corinthians. As pessoas que não aceitam que perderam a eleição. Será que torcem para o Corinthians mesmo? Sempre deixei claro que quero trabalhar para o próximo. O próximo torce para o Corinthians, quanto maior eu deixar o Corinthians maior ele será. As pessoas infelizmente usam o Corinthians politicamente, para termos problemas financeiros e nos sufoquem. Augusto Melo, presidente do Corinthians
Sabem que a gestão resgata empresa, nomes, a torcida fiel que tem. Ficam fazendo com que as empresas se afastem do Corinthians para não termos êxito na gestão. Mas há quem ainda acredita e vai acreditar ainda mais. São só cinco meses de gestão. Se forem analisar o que já fizemos? É uma reformulação total e não aceitam. Mudamos de patamar, pegamos o clube numa situação pior que imaginávamos. Logo vocês vão saber a real situação. Montamos estrutura de reformulação, não é fácil. Imaginávamos um valor e é muito maior que todos imaginávamos. Mas com muito trabalho, diretoria competente e muito esforço, estamos mudando o patamar. Podem confiar que o Corinthians vai sair dessa.
O que mais Augusto Melo falou
Possível desvio: "Não existe nada provado. Existe o que falaram. Isso se chama traição. Errei? Errei de colocar certas pessoas e estamos colocando de volta na rota. Falei que amigos são da porta para fora e provei a vocês. Se não tem competência, não estarão aqui. Não julguem ninguém sem provas. Vocês colocaram na imprensa algo que a polícia está investigando. Nosso compromisso é com o Corinthians. Sempre fomos transparentes, sempre esclareci dúvidas.
Manutenção de Marcelo Mariano: "Está no clube há muitos anos, é um diretor administrativo competente que passa em todos os departamentos e é sua função. Enquanto não se prova nada? Mentira que todos pediram [a saída]. Fale e prove. Não é off. Não existiu um requerimento sequer. Tem coisas muito complicadas em cima disso. Existiram ameaças. Tenho documento, não é por lei, é ético afastar. Mas se não é lei e é ético, o que estão acusando? Quem está envolvido? Mostre. Brigo com qualquer um. Não coloco a mão no fogo por ninguém, mas dou autonomia e confiança. Isso vai ser esclarecido, já tem depoimentos que disseram que têm provas e não há. Os que divulgaram serão processados criminalmente. Estamos muito tranquilos. Quando a Ernst & Young mandou documento, fui o primeiro a assinar para ser investigado dentro, com comissão de justiça que o Romeu Tuma montou, e fora. Quem deve que pague, será sempre assim. Não vai pelo que dizem em off, pelo que falam. Vai ser esclarecido. Quem falou que tinha não mostrou. E quem mostrou vai chegar a hora deles".
Jurídico analisou Vai de Bet e intermediária: "Foi feita a negociação, foi para o jurídico e não faço nada sem passar pelos órgãos competentes. Nesse contrato, jurídico analisou as duas empresas. A patrocinadora e a intermediadora. A própria patrocinadora há 20 dias declarou que chegou por meio dessa empresa, agora a outra empresa é um problema. Em fevereiro a revista de bets perguntou como chegaram ao Corinthians e foi dito que chegou via intermediário. É um contrato só, sem aditivo. Passou pelo jurídico, compliance, secretário-geral. Falei para parar de pagar comissão, não foi pago mais. Patrocinadora interrompe o contrato, então intermediação é interrompida. Nosso contrato é mensal. Se não paga, contrato é rescindido. Empresas pagam antecipado ao Corinthians, o mês seguinte. Todos os contratos estão sendo feitos assim na nossa gestão".
Impeachment: "Não existe. Não tem motivo para isso. São cinco questões, nem penso nisso. Golpe ninguém vai dar. Fui eleito pelo voto popular do sócio, muito bem votado após dinastia de 16 anos que ninguém aguentava mais. Não vamos decepcionar. Erro, sim, mas cabe a nós ter humildade para corrigir. Impeachment não se preocupa".
'Time vencedor já está sendo formado': "Claro que temos dificuldade, imaginávamos uma condição e pegamos outra. Passado é passado e tocamos daqui para frente. A cada dia e meio eu viajo, minha parte é comercial. Patrocínio máster está perto. Vou trazer o Corinthians de volta para o corintiano. Corinthians tem 19 empresas conosco porque damos retorno. [...] Vamos repor o máster e a credibilidade vai voltar rapidinho".
Negociação com a Caixa: "Conversas sempre têm. Assim como a Emirates. Conversamos com todos, duas audiências com o presidente em menos de um mês. Ministro, presidente da Caixa? É um sonho nosso, de todo corintiano. Para o mais rápido possível quitar essa arena. Se Deus quiser vamos realizar esse sonho".
Saída do Cássio: "Quando o Cássio saiu foi uma surpresa. Um ídolo. Tentamos de tudo. Foi uma saída tranquila, é o que desejava. Foi perguntado sobre o que deixaria motivado aos 37 anos e ele respondeu sobre mudança de ares".
Situação de Carlos Miguel: "Carlos Miguel está treinando. Não tive proposta até agora. Não pagaram multa, nada. Menino está feliz e trabalhando até agora. [...] Sabíamos do Carlos Miguel, conversávamos sobre renovação. Tivemos a tranquilidade de que estava tudo bem, mas não tinha o que fazer. Ainda não pagaram multa. Existe conversa, barulho, mas até então está treinando e depende da comissão. Estamos nessa incerteza. Existe proposta, fizemos uma nova, o atleta nos interessa e não gostaríamos de perdê-lo. A forma como foi feita esse contrato nos assusta. Essas rotas que colocamos novamente. Precisa parar com isso. Precisam pensar na instituição".
Interesse da Europa em Wesley: "Primeira sondagem foi de 8 milhões de euros. Era reserva. Disseram para liberar, e eu falei para o empresário acreditar em mim. A outra gestão acho que venderia. Empresário acreditou, Wesley é titular, seleção de base e não tenho dúvida que vai para a principal. Grandes clubes querem o Wesley, da Europa, e estamos resistindo sem um real no caixa. Mas eu tenho coragem de segurar, valorizar o atleta".
Divida com Félix Torres: "Questão de dias ou horas para resolver. Nossa situação financeira é complicada, fluxo de caixa difícil. Trabalhamos dia e noite por novas receitas. Nosso máster estará preenchido em pouco tempo. Chegam 10 contas por dia e escolhemos uma ou duas para pagar. Conversamos, pagamos no próximo mês. É difícil? Ao invés de ajudarem, prejudicam nosso fluxo".
Situação de Garro: "Garro está em contrato. Se trago, imposto é meu e pago. Se é de lá, que paguem. Está tudo em contrato. Pagamos o que nos ofereceram. O imposto é devido e eles que paguem. Não devemos nada. Do Rojas também, todos cuidam disso. É parte jurídica. Não nos preocupamos com isso".
Salários atrasados: "A gente tem situação financeira complicada, tem déficit mensal que é difícil cobrir. Enquanto não pararmos de cobrir juros, vai ser difícil. Precisamos colocar em ordem. Tive reunião com atletas e falei que pagaria todos os atrasados na primeira oportunidade. E fizemos isso com imagem e FGTS. Mas deixei claro que a situação não deixa a gente refém de atrasar, mas não meses. Dias, horas, para colocar em dia. Estamos sanando aos poucos esse atraso, quinta-feira no máximo estará tudo em ordem".