Como Augusto usou boné e criou ícone da parceria Corinthians e Vai de Bet

O presidente Augusto Melo protagonizou a cena mais icônica da parceria frustrada entre Corinthians e Vai de Bet.

O que aconteceu

Augusto Melo estava tão animado com a Vai de Bet que decidiu usar o boné da empresa em todos os cantos.

O presidente vestia o acessório por dois motivos: agradar a Vai de Bet e se gabar do "maior patrocínio de todos os tempos".

Tudo começou no dia do anúncio da parceria, 7 de janeiro, quando um dos representantes da marca levou uma mala de materiais promocionais ao clube.

A mala incluía camiseta, óculos de sol, copos com o rosto do embaixador Gusttavo Lima e... bonés da Vai de Bet.

A ideia era só deixar uns produtos para dirigentes do Corinthians, mas Augusto Melo pegou o boné e falou que levaria para a entrevista coletiva de apresentação e deixaria exposto na bancada.

A Vai de Bet se surpreendeu quando o presidente vestiu a camisa com a marca por cima da camiseta social e colocou o boné antes de falar no microfone. O ato não estava combinado e causou certo incômodo nos representantes da firma.

Augusto apareceu com o boné em todos os eventos do Corinthians e levantou suspeitas da oposição que receberia pela divulgação, o que é negado de forma veemente pela Vai de Bet.

Parceria frustrada

A Vai de Bet ativou uma cláusula anticorrupção para rescindir com o Corinthians após cinco meses. O acordo era de R$ 370 milhões por três anos, de fato o maior da história do futebol brasileiro.

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A motivação foi a denúncia de repasse de parte da intermediação milionária do acordo para uma empresa laranja. A proprietária é Edna Oliveira dos Santos, uma moradora de Peruíbe (SP) que sobrevive com o Bolsa Família.

A empresa pediu explicações ao Corinthians, mas não se sentiu segura e rescindiu após o inquérito na Polícia Civil ser instaurado.

O Corinthians pagou a comissão para a empresa Rede Social, de Alex Cassundé, apoiador de Augusto Melo na eleição. O pagamento foi autorizado pelo diretor administrativo Marcelo Mariano à revelia do ex-diretor financeiro Rozallah Santoro.

Cassundé repassou o dinheiro para a empresa laranja Neoway, de Edna Oliveira dos Santos, que afirma nunca ter assinado nada. Ela mora em uma casa simples de favor enquanto "sua" empresa recebeu pouco mais de R$ 1 milhão no Pix.

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