'Não cuida nem de casa': ex-presidentes do Corinthians detonam Augusto Melo

Em meio a um dos períodos mais turbulentos de sua história recente, o Corinthians enfrenta uma crise política que deixa claro as divergências dentro do clube.

Sob ataque desde que o escândalo da Vai de Bet explodiu, o presidente Augusto Melo tenta dividir responsabilidades com seus antecessores pelo caos econômico vivido pelo Alvinegro. O UOL ouviu os ex-presidentes Andrés Sánchez e Duílio Monteiro Alves para saber o que eles pensam do mandatário.

"O Augusto não sabe administrar nem a casa dele, muito menos um clube com o tamanho do Corinthians, é o caos total para a instituição", disparou Andrés.

"Minha gestão foi avaliada em cima das mentiras que ele contou, do factoide da dívida que ele criou. A gestão atual apresentou gráficos feitos para mostrar os mesmos números da pior forma possível. O Augusto perdeu o grande patrocínio, a Tele Sena e quase perdeu outro que eu assinei (Ezze). O uniforme tem cinco espaços vazios, os aliados sumiram, a credibilidade está destruída e ainda vai ter investigação do Ministério Público. Nada disso ele herdou de mim!, pontuou Duílio, que acrescentou:

"Quando ele falou que 19 empresas ainda são parceiras, ficou claro que quase todas vieram nas gestões anteriores. É triste que muita gente tenha caído numa narrativa de campanha de que a nossa gestão 'não fez nada', que 'ninguém prestava', impulsionada por gabinetes do ódio digital. Se não fosse a nossa herança, a incompetência dele já teria deixado o clube numa situação muito pior, e em tempo recorde".

Impeachment

Apesar da instabilidade política, os dois ex-dirigentes evitam colocar mais lenha na fogueira sobre uma possível destituição de Melo, embora o movimento comece a ganhar corpo no Parque São Jorge.

Não sei. Quem colocou ele lá que decida. Eu não vou tomar frente de nada. Eu só estou triste pelo Corinthians e procuro ajudar naquilo que eu puder quando sou chamado. Como eu nunca fui chamado, eu não ajudo em nada Andrés

Não quero responder essa pergunta. Eu tive três anos de mandato, consegui R$ 600 milhões de superávit operacional no período, Infelizmente, o título bateu na trave. Não quero chegar aqui e dizer o que tem que ser feito. Nos meus três anos, preguei a união de todos os que amam o Corinthians, e o que vi foi o clube se dividir. O que o Corinthians precisa é de união, porque é isso que o torna a maior força do futebol brasileiro Duílio

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