Com veto a Playstation, Euro também tem cartilha de restrições a seleções

Não é só a CBF que implanta regras e proibições em suas seleções. Vários jogadores que disputam a Eurocopa também receberam recomendações sobre o que fazer e o que não fazer durante a competição. A mais curiosa é de Luciano Spalletti, técnico da Itália, que pediu aos jogadores para deixarem os videogames em casa.

Em fevereiro, o treinador deu uma entrevista para o jornal Gazzetta dello Sport e declarou que os atletas "deveriam vir para seleção para vencer a Euro, não para vencer Call of Duty", um dos jogos preferidos entre os boleiros.

A entrevista foi amplamente discutida na época e agora, na véspera da estreia contra a Albânia, marcada para este sábado, Spalletti voltou a falar sobre o assunto e explicou melhor a situação.

"Eu não tenho nada contra nenhum tipo de jogo. Nós criamos uma sala de jogos e há dois Playstations lá. Mas eles só podem ir dentro do horário. Eu acho inaceitável você estar acordado até 3 ou 4 da manhã. Você precisa dormir", disse o treinador.

A medida de Spalletti veio após uma partida pelas eliminatórias da Eurocopa em setembro do ano passado. Segundo o treinador, "alguns jogadores ficaram até tarde da noite antes do jogo contra a Ucrânia. Vícios não são bons".

Além das restrições ao Playstation, Spalletti também proibiu o uso de fones de ouvido durante os treinos da Itália e nos deslocamentos da equipe.

Praticamente todas seleções que disputam a Eurocopa recebem recomendações sobre como se comportar durante o campeonato. Nem sempre há uma cartilha escrita como a da CBF, mas há uma lista de obrigações para todos os atletas.

Nos últimos anos, a principal discussão é em cima do uso das redes sociais. Mesmo sem uma determinação da Federação Inglesa, alguns jogadores da equipe, como Harry Kane e Declan Rice, optaram por não terem acesso durante o torneio na Alemanha.

A decisão foi tomada por conta das fortes criticas que o time inglês recebeu na última Copa do Mundo em 2022. A eliminação para a França foi o jogo em que mais mensagens abusivas foram enviadas aos jogadores, segundo um relatório da FIFA no ano passado.

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No cargo desde 2016, o técnico Gareth Southgate reforçou que não fez nenhuma recomendação aos atletas sobre o uso das redes sociais e que apoia todas as decisões.

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