Cadê o Cassundé? Pivô de crise no Corinthians some e passa ponto de empresa
A sede da Rede Social Media Design Ltda, empresa que intermediou o patrocínio da Vai de Bet com o Corinthians e está na mira da Polícia Civil, foi desocupada há aproximadamente dois meses.
A firma de marketing digital pertence a Alex Fernando André, mais conhecido como Alex Cassundé, que prestou serviços à campanha de Augusto Melo, presidente do clube. Cassundé é procurado no endereço com notificações para prestar esclarecimentos, mas representantes do clube e da polícia dão com a cara na porta.
O UOL visitou o ponto comercial em Alto de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, e constatou que o imóvel está vazio e disponível para locação.
O que aconteceu
A Rede Social Media funcionava num espaço comercial junto com outras empresas do Grupo Dom, do qual Alex Cassundé é sócio e diretor executivo. Nas redes sociais, a holding se qualifica como gestora de negócios, com foco em terceirização do setor de expansão de marcas e franquias.
Há cerca de dois meses, a sede do grupo empresarial foi desocupado e, em seguida, colocado à disposição para locação. O UOL procurou a imobiliária que anuncia o aluguel com placas em toda a fachada do sobrado, que confirmou a desocupação aconteceu no fim de abril.
Segundo o corretor responsável, a empresa alugava o espaço há aproximadamente seis anos. O sobrado tem 463m² de área total, vaga para oito carros. O pacote completo de aluguel custa R$ 20,9 mil por mês.
Em contato com a reportagem, vizinhos afirmaram que a empresa parou de funcionar de "um dia para o outro". Havia certo movimento, principalmente após às 18h, horário em que costumeiramente eram realizadas gravações de podcast.
O UOL procurou Cassundé, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. Caso ele se manifeste, o texto será atualizado.
Intermediária na mira da Polícia
A coluna do Juca Kfouri revelou que a empresa de Cassundé recebeu dois pagamentos de R$ 700 mil do Corinthians em um espaço de três dias, somando R$ 1,4 milhão.
Em março, a Rede Social fez um Pix de R$ 580 mil à Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda. Mais R$ 462 mil foram transferidos no dia seguinte para a mesma destinatária.
Em entrevista ao UOL, a sócia da empresa laranja, Edna Oliveira dos Santos, contou que vive de favor em uma comunidade com os três filhos pequenos e depende do Bolsa Família para alimentá-los.
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Quero receberNeste cenário de suspeitas, a Polícia Civil de São Paulo abriu uma "Investigação Preliminar Sumária". Após essa etapa, a polícia pediu a abertura de um inquérito. Alex Cassundé é um dos intimados a depor, mas ainda não se manifestou.
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