Rafael se rende à liderança de Danilo no vestiário: 'Impressionante o dom'

O goleiro Rafael falou sobre o discurso de Danilo no vestiário da seleção brasileira antes do amistoso contra os Estados Unidos. Para o jogador do São Paulo, o lateral-direito e capitão da equipe tem 'o dom de motivar'.

É impressionante o quanto o Danilo tem o dom de motivar e mostrar o quanto não é normal o que estamos fazendo aqui. Essa é a mentalidade que nós jogadores estamos tendo e tentando passar. Não só cada um que está vivendo seu sonho de estar na seleção. Mas eu acho que o grupo que temos hoje está mais preocupado em mostrar para o nosso povo o quanto a gente entende que está representando ele dentro de campo

Trabalhar com Dorival. "É um cara muito tranquilo no dia a dia no trabalho. Já trabalhei com ele em duas oportunidades e agora aqui na seleção. É um ambiente muito tranquilo, ficamos à vontade. Isso faz com que todos nós nos sintamos confiantes. Ambiente propício para trabalhar. Vejo que não tem muita diferença nessa questão. Estamos tendo um tempo um pouco maior para trabalhar na seleção, o que é difícil de acontecer. Vamos encontrando maneiras para crescer na equipe."

Trajetória. "Eu vou vivendo o dia a dia e tentando ser o melhor Rafael. Eu sempre soube que o que eu tinha que buscar sempre era me superar. Isso iria me levar a lugares que nem poderia imaginar e me fazer colher muitas coisas boas. Meu pai e minha mãe não queriam que eu fosse jogador. Se falasse que eu estaria na Copa América representando a seleção, sendo campeão no São Paulo, representando grandes clubes como Cruzeiro e Atlético-MG, eu não acreditaria quando criança. Queria só ser jogador de futebol."

Confira a íntegra da coletiva do goleiro Rafael na seleção

Expectativa

Pra ser bem sincero, sabia que provavelmente os três goleiros seriam Ederson, Alisson e Bento na segunda vez. Mas estava muito feliz, tranquilo, a seleção estaria bem servida de goleiros. Falei que independentemente de voltar ou não, fazer parte desse grupo, dessa geração, estaria de uma forma ou de outra me fazendo presente e torcendo. Agora que estou aqui, quero marcar ainda mais e sabemos que marcamos com conquistas. Lisonjeado e feliz com a expectativa de disputar um torneio com a camisa da seleção.

Convivência com goleiros

Experiência única. Marquinhos e Taffarel grandes treinadores de goleiros, Taffarel conquistou tudo pela nossa seleção. Estou tentando todo dia absorver o máximo, crescer evoluir.

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Campo

Muda muito. Estreita quase 4 metros. Influencia na saída de bola, na bola parada chega muito mais rápido. São adaptações que todas as seções vão ter que fazer. Estamos trabalhando em campos reduzidos para estarmos mais próximos para encontrar solução de jogo rápido, ainda mais curto, pressão com campo menor é mais próxima. Estamos trabalhando para que possamos nos adaptar o quanto antes e estarmos bem preparados para sair dessa situação.

Contribuição mesmo fora

Cada atleta traz consigo uma bagagem do clube, uma vontade de poder ajudar de todas as maneiras possíveis. Comigo não é diferente. Vou ser mais um cara que vai querer ajudar em tudo que for preciso. Temos grande líderes que tem nos passado muito do quanto é importante o que estamos vivendo nesse momento. Independentemente da idade, todos tem uma personalidade muito grande e se fazem importante. Um grupo se constrói nisso.

Recepção do torcedor

Muito legal. Tivemos um treino aberto, mas tivemos dois jogos já e foi legal ter o contato. Estádio sempre cheio, torcedor nos apoiando muito. Quando entramos no estádio, vários torcedores de clubes do Brasil que estão há muito tempo fora com sua camisa, muitos com a camisa do São Paulo. Futebol é feito para o torcedor. Poder estar disputando nos Estados Unidos onde muitos talvez estejam sem contato próximo com o familiar, poder trazer um pouco do Brasil pra cá é bem especial. Por mais que tenha sido convocado depois, me sinto parte desse grupo da mesma maneira e com a mesma importância.

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Média de gols sofridos

Na seleção, quando se tem pouco tempo para trabalhar, e é só a segunda convocação do Dorival. Agora estamos tendo mais oportunidades para ele passar o que quer para a equipe. Esses amistosos vão trazer a vivência para ele corrigir e trabalhar. Dorival cobra muito de estar organizado defensivamente, ele sabe que vamos produzir muitas chances de gol na frente pela nossa característica, e temos que ter esse comportamento defensivo aplicado. Vivi uma das minhas melhores fases com ele no São Paulo porque ele cobrava muito a parte defensiva. Acredito que o São Paulo tenha passado mais de 50% dos jogos sem sofrer gols.

Sonho de seleção

Eu fui campeão sul-americano sub-20 com a seleção em 2009 e disputei um mundial onde perdemos a final para Gana. Desde então, eu sempre quis ser convocado e voltar à seleção. Posso descrever todos os jogos em que eu estava na sub-20. O momento mais marcante é escutar o hino, colocar a mão no peito e sentir que sou um dos escolhidos para representar essa camisa. Hoje, poder estar na Copa América, disputando mais uma competição não tem preço. Esse sonho sempre esteve comigo, todos têm esse sonho de representar a seleção. Vou poder contar para minha filha que hoje tem um ano e não tem ideia, mas vou poder contar para ela que o papai estava representando a seleção.

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