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Dudu, Cruzeiro e Palmeiras: a cronologia do negócio frustrado pelo camisa 7

Do UOL, em São Paulo (SP)

18/06/2024 04h00

Classificação e Jogos

A novela envolvendo a transferência de Dudu do Palmeiras para o Cruzeiro "explodiu"no última sábado (15) com o anúncio do time mineiro. No entanto, o Alviverde sabe do interesse da Raposa no jogador e o desjo do próprio atleta há 20 dias.

O UOL montou a linha cronológica da negociação envolvendo o camisa 7, e mostrou todos os detalhes que fizeram parte da indecisão do jogador até a definição de que ele seguirá no Palmeiras.

29 de maio

Anderson Barros, diretor de futebol do Palmeiras, foi procurado por Dudu e ouviu que ele tinha recebido uma proposta irrecusável do Cruzeiro. No mesmo dia, o dirigente palmeirense entrou em contato com a presidente Leila Pereira — que deu o 'ok' para o negócio acontecer.

12 de junho

André Cury, empresário de Dudu, se reuniu com o Palmeiras para tratar outros dois negócios: a venda de Estêvão para o Chelsea e a compra de Maurício, do Inter. Depois de deixar as duas situações encaminhadas, ele chamou Dudu, se reuniu com Anderson Barros e expressou o desejo do jogador de sair. O atacante entendia que não será utilizado como gostaria e disse que não se sentia tão desejado no clube que defende desde 2015. O diretor palmeirense disse que entendia a situação, pediu que uma proposta fosse formalizada em papel e que a situação seria analisada.

No mesmo dia, Cury e Dudu ligaram para o Cruzeiro. A recepção em Belo Horizonte foi positiva, mas tanto Alexandre Mattos, CEO do clube mineiro, quanto Pedrinho, dono da SAF celeste, entendiam que era melhor que o negócio fosse feito para 2025, ainda mais com o Verdão vivendo ano eleitoral. A saída do ídolo poderia atrapalhar a campanha de Leila Pereira.

13 de junho

Antes do jogo do Vasco, Leila Pereira e Pedrinho conversaram em uma ligação conjunta com Alexandre Mattos. Na conversa, os três entenderam que o jogador gostaria de ir para Belo Horizonte e o negócio começou a sair das conversas e ir para o papel. A presidente palmeirense disse que tinha conhecimento da situação após conversar com Anderson e Abel.

No dia da partida que marcaria sua volta após a grave lesão no joelho, Dudu ficou no banco de reservas e ouviu o treinador falar na coletiva de imprensa que o próprio atleta não se sentia confortável para jogar. Era a primeira vez depois de dez meses que ele estava relacionado.

14 de junho

Na manhã da última sexta-feira, Dudu teve a certeza de que queria deixar o Palmeiras. Às 22h, o acordo estava encaminhado nos termos financeiros. O Cruzeiro tinha se acertado com o Palmeiras e com Dudu. O time de Minas faria o pagamento parcelado para os paulistas e ofereceu um contrato de três anos e meio para o jogador, com prorrogação automática em caso de metas alcançadas na última temporada.

15 de junho, o dia do anúncio do Cruzeiro

No sábado de manhã, o Palmeiras já tinha dado o aceite da proposta, mas ainda não tinha iniciado o contrato de transferência. Dudu e seu empresário deram o 'ok' para os últimos detalhes do contato por volta das 15h em conversa no WhatsApp. Pouco antes disso, chegou até a se despedir de algumas pessoas na Academia de Futebol após o treino.

O contrato foi enviado para o email de Dudu para que ele assinasse virtualmente o acordo, mas isso nunca aconteceu. Ainda assim, com o 'ok virtual' do jogador, do empresário e do advogado, o Cruzeiro decidiu anunciar nas suas redes sociais a transferência. Alexandre Mattos também fez isso, mas, pouco depois, apagou.

16h31 - o Cruzeiro anuncia que tem um acordo com o Palmeiras e com Dudu para a contratação do atacante, de maneira definitiva.

16h51 - O Palmeiras não confirma o negócio fechado porque haviam etapas para serem cumpridas. Confirma que Dudu pediu para ser negociado, e que ele recebeu uma proposta "irrecusável do Cruzeiro": salário superior e quatro anos de contrato, com renovação automática para mais um por metas. O clube já trabalhava até em homenagens para o camisa 7.

18h - Dudu passou a ser pressionado por pessoas próximas, por alguns torcedores e por membros da torcida organizada. Recebeu alguns deles em sua casa e manifestou que não tinha mais certeza do que faria.

A reunião na casa do jogador durou até a madrugada. De lá, o Cruzeiro foi informado sobre a incerteza do atacante, mas manteve a proposta de pé.

16 de junho

Dudu se apresentou de manhã para o treino na Academia de Futebol e teve uma conversa com o técnico Abel Ferreira. O atacante também se reuniu com seus companheiros, pediu desculpas pelo episódio e reforçou seu comprometimento com o clube até o final de seu contrato (vigente até o fim de 2025). O Departamento de Futebol cortou o jogador do duelo contra o Atlético-MG.

17 de junho

11h, a presidente do Palmeiras Leila Pereira foi dura ao comentar a possível saída de Dudu rumo ao Cruzeiro. A mandatária falou em "fim de ciclo" para o camisa 7 e que espera que o jogador cumpra sua palavra com o time mineiro.

12h - O diretor de futebol do Cruzeiro Alexandre Mattos reforçou o discurso do Palmeiras e afirmou que faltam apenas os exames médicos para selar a transferência do atacante.

13h30 - A Mancha Verde, torcida organizada que se reuniu com Dudu e fez ele recuar do acerto com o Cruzeiro, afirmou que o jogador contou "muita coisa grave" sobre sua possível saída do Palmeiras.

18h57 - Dudu se pronunciou pela 1ª vez desde o anúncio feito pelo Cruzeiro e afirmou que fica no Palmeiras. Ele disse que foram dias muito difíceis, mas que "não é hora de sair e encerrar o ciclo" no alviverde.

19h - O Cruzeiro retirou a proposta pelo atacante e citou que prioriza atletas que "verdadeiramente" queiram estar no clube e declarou o assunto como "encerrado".

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