Palmeiras: Artilheiro na base diz que joga em todas e está perto de subir
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Thalys, atacante de 19 anos que é o artilheiro do sub-20 do Palmeiras, está cada vez mais perto de ser promovido ao elenco profissional para ser comandado por Abel Ferreira. O UOL apurou que o jovem passará a fazer o processo transição para atuar no time de cima — mesmo processo que Estêvão, Endrick e Luis Guilherme passaram.
Eu jogo do meio para a frente. Eu consigo jogar em todas. Consigo me adaptar rápido. Mas o que eu estou preferindo no momento é centroavante mesmo. Estou conseguindo jogar porque eu não fico muito preso na posição de centroavante. Eu consigo pisar na área, eu consigo flutuar. Eu me inspiro muito no Raphael Veiga. Ele não é centroavante, mas eu acho que as minhas características são parecidas com a dele. Thalys, em entrevista ao UOL.
Thalys tem uma média impressionante de gols em 2024. Na atual temporada, o atacante tem 17 jogos e 15 gols marcados — ele já superou sua última temporada, quando atuou em 38 jogos e marcou 14 gols.
Natural de São Miguel dos Campos, em Alagoas, Thalys iniciou a carreira no CRB e chamou a atenção do Palmeiras após se destacar em um jogo contra o São Paulo. No CRB, Thalys disputou uma partida da Copa do Brasil sub-17 contra o Tricolor e foi recrutado pelo Palmeiras em 2021.
Thalys foi zagueiro e lateral no início da carreira, mas passou a jogar no ataque após a insistência de um primo. O familiar dizia que ele tinha um passe muito bom para jogar no campo de defesa, e, mesmo contra sua vontade, pediu para seu treinador da época para ser testado no setor ofensivo — e deu muito certo.
Hoje, Thalys é um atleta polivalente — quase uma obrigatoriedade na base palmeirense — que pode atuar como atacante, segundo atacante, ponta esquerda e ponta direita. O técnico Abel Ferreira já até citou o atleta na coletiva de imprensa após o jogo contra o Vasco.
Ele é um dos atletas que pertencem à "geração do bilhão". Na base ele jogou ao lado de Estêvão, Endrick e Luis Guilherme, e agradeceu a visibilidade que o trio deu para a base palestrina.
Nós vamos olhar para dentro como sempre fazemos. Sai um, entra outro. Se não entrar, vamos buscar abaixo. Se não for para trazer qualidade, buscar os jogadores que eu gosto, a Leila gosta, o Barros gosta e o Abel gosta, se nenhum de nós três gostarmos não vem. Se os três gostaram, estamos juntos, vamos contratar o jogador. Se não for preciso, damos a mão ao Vitor [Reis], Riquelme [Fillipi], Luighi, Thalys, eles estão conosco. Preparem-se, é o que eu digo para quem está em cima e embaixo. Abel Ferreira.
Interesse do Barcelona e do Manchester United
O jornal 'As', da Espanha, publicou no início do ano que Barcelona, Juventus e Manchester United estão acompanhado de perto a evolução do jovem.
Thalys tem multa rescisória de 40 milhões de euros (R$ 234 milhões na cotação atual). O atacante renovou com o Palmeiras até o final de 2026 no ano passado.
Eu fico feliz por estar sendo especulado por clubes mundiais. Mas o meu foco é todo aqui no Palmeiras, eu quero fazer uma história aqui. Eu evito bastante ver, mas querendo ou não, você acaba vendo. Os amigos mandam para você também. Mas eu evito ver. É mais para eu continuar focado também, para não deixar subir à cabeça. Thalys.
Veja outras aspas de Thalys
Início no CRB e chegada ao Palmeiras: "Eu cheguei no CRB nos meus 12 anos e eu fiquei lá até os 15. O meu início no futebol foi lá. Eu sou do interior de Alagoas, morava perto do centro de treinamento do CRB, e o CRB ia treinar às vezes na minha cidade. Aí eu pedi para fazer um teste lá, o treinador deixou e eu comecei lá de lateral esquerdo ainda. Acabei passando. O CRB teve a oportunidade de jogar a Copa do Brasil, o Palmeiras gostou do que viu e me chamou".
Posições do início da carreira: "No começo eu fui de lateral e depois eu fui para a zaga. Só que o meu primo ele ficava me falando para eu jogar no meio. 'Tem que jogar no meio, tem que jogar no meio'. Aí eu pedi para o treinador jogar no meio, aí eu fiquei jogando no meu campo até chegar aqui".
Momento como artilheiro do sub-20 do Palmeiras: "Eu acho que esse momento que eu estou vivendo é de muito treino, de muito trabalho. Mas eu também vejo meus companheiros no dia a dia sempre buscando melhorar. E as coisas vão acontecendo naturalmente nos jogos".
Pressão por fazer parte da geração do bilhão? "Eu acho que é tranquilo. Eu nunca senti pressão depois da fala do JP Sampaio sobre a geração de bilhão. Só procurei trabalhar e as coisas vão acontecendo naturalmente mesmo".
Espaço de Endrick, Luis Guilherme e Estêvão no elenco profissional: "Eu acho que isso é uma motivação a mais. Eu fico muito feliz por eles também, porque passamos por muitas coisas juntos, jogamos juntos. E ver que eles estão conquistando tudo isso, eu fico muito feliz também. Eles abriam portas também para a gente da base".