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'Não vou ter medo de ser demitido', avisa Diniz em meio à crise no Flu

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

23/06/2024 19h53

O técnico Fernando Diniz disse não temer demissão em meio à crise pela qual passa o Fluminense. O time tricolor perdeu o clássico com o Flamengo, neste domingo (23), permanece na lanterna do Brasileiro e o treinador vê a pressão aumentar.

Sobre risco de demissão, eu não tenho preocupação. Não sou eu quem me demito ou me contrato. Não vou ter medo de ser demitido, nunca tive isso na carreira Fernando Diniz

O que aconteceu

O Fluminense tem seis pontos no Brasileiro. A equipe está na última colocação e vê a crise aumentar a cada rodada.

Diniz foi questionado se teme ser demitido. O treinador renovou contrato há pouco mais de um mês, e o novo vínculo vai até o fim de 2025.

"Risco de demissão eu não tenho preocupação. Não sou eu que me demito e me contrato. Não vou ter medo de ser demitido. Nunca tive isso na carreira. Tenho muita coerência no meu trabalho, mesmo que pese que é um momento ruim do Fluminense. Estamos tentando de tudo, dentro das minhas possibilidades, para ajudar o time a melhorar e conquistar as vitórias", disse.

O treinador avaliou que ter o respaldo da diretoria não afasta risco de demissão. Ele acredita ter o aval da cúpula tricolor, mas isso não impede mudanças no comando do time.

"O respaldo que eu tenho da diretoria sempre foi muito grande. Ter respaldo não significa que você não pode ser demitido. Eu procuro fazer o meu trabalho do melhor jeito que eu posso. Daqui para frente, não cabe a mim. As reuniões são periódicas. Não teve reunião agora no momento ruim. Conversar, discutir, debater".

O que mais ele disse

Pênalti em Bruno Henrique: "Acabei de ver o lance e, de fato, não foi pênalti. Não tem como dar esse pênalti, impossível o VAR não chamar. Foi determinante para o resultado do jogo. A Arbitragem decidiu o jogo".

Motivos para a fase ruim: "Existem muitas coisas. A conquista inédita da Libertadores, da Recopa, existiu um relaxamento que a gente fez de tudo para evitar. Ano passado, o time tinha uma base, com o Nino, o André e o Arias jogando praticamente todos os jogos, e tendo uma regularidade muito alta. A gente perdeu o Nino, mas também perdeu o André por lesão e o Arias convocado. No Brasileiro, tivemos algumas vitórias nas mãos que deixamos escapar. Atlético-MG, Atlético-GO... A análise técnica fica mais dificultada. Somado a esse momento de hoje, há uma perda de confiança. Nos treinamentos, precisamos melhorar a equipe. O problema é geral. Não dá para citar uma coisa na outra. O problema não está rm uma parte só. Acho que precisamos melhorar em todas as frentes".

Análise do clássico: "Nos primeiros 20 minutos, a equipe se comportou bem. Tivemos mais posse, foi um time de transições mais rápidas. Levar o time, aos poucos, para o ataque e a tendência é que o número de finalizações não fosse alto. Nós perdemos um pouco de confiança. Os jogadores tentaram, se entregaram, mas o jogo pendeu mais para o Flamengo. No desempenho, a vitória foi justa para o Flamengo, mas houve o erro de arbitragem. Estamos tendo erros excessivos de passe, que gera desconforto e desconfiança. Estamos procurando corrigir. Como? Treinando. Uma hora vamos corrigir e vencer. Outra questão é bola parada. Conseguimos neutralizar bem a bola parada. Na linha alta, marcamos bem o Flamengo. Eles tiveram um volume grande de finalização, mas muitos em erros de passes nossos"

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