Casares banca Zubeldía, mas reconhece São Paulo 'péssimo' contra o Vasco
Presidente do São Paulo e atual chefe de delegação da seleção brasileira na Copa América, Julio Casares reconheceu que o Tricolor teve uma péssima atuação na derrota por 4 a 1 para o Vasco. Em entrevista exclusiva ao UOL, o mandatário afirmou que, apesar do resultado, o técnico Luis Zubeldía segue com total apoio no clube.
Quando cheguei aqui (nos Estados Unidos), cheguei assistindo ao jogo contra o Cuiabá. Já foi uma derrota. Agora essa derrota ruim contra o Vasco pelo placar e pela postura. Todos nós esperamos reverter isso. Não foi bom, foi péssimo. Devemos dar uma resposta já contra o Criciúma. O que eu vejo de notícia que vai ter uma reunião específica, não. As reuniões, mesmo à distância eu continuo fazendo com o Departamento de Futebol, acontecem pós-jogo na vitória ou na derrota. Não no dia do jogo porque não é bom falar. Avaliamos com a comissão técnica. Fizemos isso. Zubeldía tem total apoio, tem que trabalhar acreditando nas convicções. Não é fácil aceitar uma derrota dessa, mas estamos trabalhando. Vamos ter outras conversas até o dia do jogo.
Jogadores incomodados. "Muita gente pode falar 'ah, mas o presidente está lá nesse momento', esse momento foi duro de duas derrotas, mas o São Paulo vinha bem. Temos que acreditar nos profissionais e nos atletas, que estão incomodados. É um grupo muito bom e vamos reverter. O São Paulo estava vindo bem até contra o Corinthians. Claro que essa derrota contra o Vasco não estava nos planos de ninguém e tenho certeza que vamos dar uma resposta altiva e importante. As conversas são permanentes, não vamos reunião específica, não. Vemos coisas nas redes sociais que nos surpreendem. O trabalho continua e esperamos uma resposta já na quinta contra o Criciúma.
Torcida também por James? "Vamos torcer apenas pelo Brasil. James tem mercado. Claro que vai performar bem porque é um grande jogador. Mas que atue contra o Brasil de forma tranquila e nos outros jogos que atue como tem atuado pela seleção colombiana. Ele é jogador do São Paulo. Se lá na frente ele continuar no São Paulo, tudo bem. Se não for continuar desde que tenhamos uma proposta boa para as duas partes, não vamos dificultar uma saída. O jogador tem que querer jogar no São Paulo. Estamos vendo episódios de jogadores que querem pensar na vida deles, o que é democrático, faz parte da livre iniciativa, mas vestir a camisa do São Paulo tem que querer. Se não quer, que seja feliz em outra instituição. Pode ser o caso do James. Se não estiver focado e feliz no São Paulo, que seja feliz onde for. No São Paulo já aprendemos que ninguém é maior que a instituição e tem que estar feliz lá dentro. Ele é um jogador do São Paulo, veio para a Copa América e não falamos mais. Depois da Copa América tudo será discutido. A porta está aberta, mas tem que querer. Se não quiser o São Paulo, ele que procure seu espaço em outro lugar. Assim como foi bem recebido no São Paulo, certamente será em outro centro"
Confira outras respostas de Julio Casares na entrevista exclusiva
Jandrei segue?
Jandrei é o reserva imediato. Tem o Young que é outra opção e é uma decisão técnica. Quando contratamos o Rafael, muita gente dizia que estávamos trazendo um goleiro reserva, que era mais do mesmo. É a narrativa do resultado. Jandrei já pegou pênalti em final contra o Palmeiras. Temos que ter calma. Goleiro é uma posição que quando não está jogando sente mais. Técnico tem nossa confiança e ele que escala. Claro que se tiver condição de reforço em qualquer posição, estamos atentos, mas não vamos sair atrás em cima de resultado ou de falha.
Reconhecimento
Se o São Paulo tem hoje o chefe de delegação, tem o Dorival, tem o Lucas (Silvestre), tem o Pedro(preparador), tem o Pedrinho (auxiliar), dois analistas, o João e o Guilherme, temos o Marquinhos que era treinador de goleiros até pouco tempo, é porque a estrutura do São Paulo é exemplo fora de campo. Nesse momento, convocados que somos, temos que ajudar a seleção, temos histórias de grandes são-paulinos que ajudaram a seleção estou aqui para ser mais um.
Ausência no país
Torcedor tem que entender que uma instituição não pode ficar dependente de um mandatário. Hoje temos o Harry Massis, que é o vice que está em exercício, a diretoria do futebol e todas as diretorias que devem trabalhar de maneira profissional. O dirigente, e você me conhece, eu não estou aqui passeando. Divido meu trabalho acompanhando a seleção, os treinos, as reuniões com a Conmebol junto com o Dorival, o Rodrigo Caetano e o presidente Ednaldo. E não abro mão, até porque aqui é mais cedo, de nos horários alternativos fazer reuniões. Amanhã 7h da manhã estou fazendo reunião. Quando vim para cá já sabia que poderiam criticar se tivesse um tropeço, mas estou aqui com convicção. Massis que é o presidente em exercício, a diretoria de futebol e todas as outras trabalham e tem que ter autonomia. Hoje fazendo reuniões remotas você supre essa distância.
Welington e Alex Sandro
São Paulo trabalha nas frentes (Welington e Alex Sandro). Welington é formado na base do São Paulo, é uma negociação difícil porque o que é pedido está além do que nós podemos e já estamos valorizando muito. Mas acreditamos muito. Welington tem a confiança do técnico. As portas estão abertas para ele e seu agente para conversas e melhoras. O São Paulo já melhorou proposta. Mas é claro que o São Paulo não pode esperar já que ele tem contrato até dezembro. São Paulo precisa procurar alternativas e está no mercado. Se é o Alex Sandro? Não sabemos porque ele quer continuar na Europa mais um tempo. Não ficando na Europa, o São Paulos será o primeiro clube que ele vai ouvir. Já conversamos com ele, assim como com o Thiago Mendes que quer vir, a família também e nós queremos. Tem negociação. No São Paulo a negociação é demorada porque não podemos rasgar dinheiro e temos que pensar no melhor para a instituição. São Paulo é atento nisso e assim trouxemos Calleri, renovamos com o Arboleda, trouxemos o Lucas...
Torcida por James?
Vamos torcer apenas pelo Brasil. James tem mercado. Claro que vai performar bem porque é um grande jogador. Mas que atue contra o Brasil de forma tranquila e nos outros jogos que atue como tem atuado pela seleção colombiana. Ele é jogador do São Paulo. Se lá na frente ele continuar no São Paulo, tudo bem. Se não for continuar desde que tenhamos uma proposta boa para as duas partes, não vamos dificultar uma saída. O jogador tem que querer jogar no São Paulo. Estamos vendo episódios de jogadores que querem pensar na vida deles, o que é democrático, faz parte da livre iniciativa, mas vestir a camisa do São Paulo tem que querer. Se não quer, que seja feliz em outra instituição. Pode ser o caso do James. Se não estiver focado e feliz no São Paulo, que seja feliz onde for. No São Paulo já aprendemos que ninguém é maior que a instituição e tem que estar feliz lá dentro. Ele é um jogador do São Paulo, veio para a Copa América e não falamos mais. Depois da Copa América tudo será discutido. A porta está aberta, mas tem que querer. Se não quiser o São Paulo, ele que procure seu espaço em outro lugar. Assim como foi bem recebido no São Paulo, certamente será em outro centro.
Conversa com Leila Pereira
Conversei com a Leila, com o João Adib também. Conheço a comissão toda também. Estou muito feliz, vendo uma organização muito profissional, um estafe, um bom grupo. Pessoal está aqui há 20 e poucos dias, eu cheguei depois, então há um comprometimento grande. Não vim aqui a passeio, estou me dedicando, não sou figurante. Estou atestando a organização e um grupo muito comprometido.
Leila deu dicas?
Leila só desejou boa sorte. Ela fez dois amistosos. O dirigente precisa também estar a serviço dessa reconexão do povo com a seleção. São Paulo é um case de clube popular em que a torcida está dentro dos estádios apoiando. A seleção está recebendo o carinho do povo aqui e a cada dia essa conexão vai voltar mais forte. Nosso papel é dar essa contribuição. Pra mim é prazeroso, para o São Paulo é um reconhecimento do trabalho. Acho que minha experiência vai somar.
Caso Ronaldinho
Quando saiu essa notícia, todo mundo ficou chateado. Depois, a explicação veio à tona e sinto que no elenco não há nenhum tipo de mágoa ou coisa assim. Talvez tenha sido uma ação inoportuna. Até no marketing você pode acertar e errar. Seleção é um ativo do povo brasileiro, camisa não serve a mais nada além do futebol. Isso é importante. Senti o grupo superando essa questão.