Corinthians: Intermediário admitiu repasses e disse ter contrato com Neoway

Intermediário no contrato de patrocínio entre Corinthians e Vai de Bet, Alex Cassundé admitiu ao clube e à casa de apostas ter feito repasses à Neoway Soluções Integradas, apontada pela Polícia Cívil como empresa 'fria' registrada em nome de uma laranja.

Em uma contranotificação datada do dia 29 de maio, a Rede Social Media Design, empresa de Cassundé, disse ter um contrato de prestação de serviços confidencial com a Neoway e que os repasses são pagamentos referentes a esse acordo.

O documento é assinado pelo advogado Cláudio Salgado, que também representa Cassundé em investigação na 3ª Delegacia do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC).

Além de admitir os repasses, a carta diz que Cassundé contratou a Neoway para implementar softwares de telemedicina em um cliente, mas se nega a enviar cópia do contrato, alegando que ele está protegido por cláusula de confidencialidade.

Procurada pela reportagem, a defesa de Cassundé disse que apresentará documentação oportunamente à Polícia. Em entrevista concedida ao UOL neste sábado, Salgado disse que Cassundé é vítima e fez negócios com a Neoway achando tratar-se de uma empresa legítima e de boa-fé.

A Rede Social teria direito a comissão de 10% sobre o acordo de mais de R$ 300 milhões entre Corinthians e Vai de Bet. No dia 20 de maio, a coluna de Juca Kfouri, no UOL, revelou que, ao receber a primeira parcela da comissão, a empresa fez repasses de pouco mais de R$ 1 milhão à Neoway, que tinha como dona Edna Oliveira. Edna é beneficiária do Bolsa Família, vive em condição de pobreza e diz nunca ter aberto empresa.

O caso terminou na rescisão do acordo entre Corinthians e Vai de Bet e na abertura de um inquérito policial na 3ª DPPC. Cassundé deve ser ouvido pela Polícia no decorrer da semana.

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