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Corinthians: Cassundé entrega celular para polícia ao prestar depoimento

Intermediário do contrato envolvendo Corinthians e Vai de Bet falou por 1h30 Imagem: Reprodução/Facebook

Livia Camillo

Do UOL, em São Paulo

25/06/2024 18h42Atualizada em 25/06/2024 19h07

O empresário Alex Cassundé, intermediário do contrato envolvendo Corinthians e Vai de Bet, entregou seu celular à polícia ao prestar depoimento em São Paulo.

O que aconteceu

Cassundé cumpriu uma ordem judicial emitida na segunda (24): o juiz Guilherme Eduardo Martins Kellner havia pedido a apreensão do telefone e autorizou a quebra do sigilo dos dados virtuais do empresário.

Ele prestou um depoimento por cerca de 1h30 na delegacia e optou por não falar com a imprensa ao deixar o local.

A veracidade dos prints que circularam na internet envolvendo Cassundé ainda são inconclusivos por parte da Justiça. As imagens mostram mostram conversas nas quais um suposto dirigente do Corinthians orientaria o intermediário a fazer o repasse para a Neoway, apontada pela Polícia Cívil como empresa "fria" registrada em nome de uma laranja.

Advogado vê esclarecimentos

Cláudio Salgado, advogado de Cassundé, falou depois do depoimento. Ele disse que não houve qualquer recusa por parte do empresário e sinalizou que seu cliente foi vítima de um "golpe".

Depoimento. "O Alex foi tranquilo, foi ouvido. Foram três horas de depoimento, ele respondeu a todas as perguntas. Não teve nenhuma à qual ele não respondeu ou 'não sei'. Esclarecemos todas as dúvidas que a polícia tinha, todos os detalhes e, por fim, o telefone dele foi entregue por determinação judicial. Mais uma prova de que não há nenhum tipo de problema quanto a isso, não apagou mensagens, não mexeu no telefone, é o telefone que ele sempre usou. Está resolvido."

Vítima de golpe. "Foi feita [a transferência], foi uma parceria de negócio que ele fez, regularizada. Houve este questionamento: se o depósito foi feito de forma irregular, e ele esclareceu que não foi desta forma. Ele foi um vítima, de repente, de um golpe. Estamos tomando as atitudes para ir atrás disso. É bastante detalhado [a questão do repasse]. É muito detalhe para eu passar, mas é de negócios dele. Ele está envolvido nessa situação de negócios e teve que fazer este pagamento. Foi mostrado, justificado e esclarecido. Não há repasse para Corinthians, corrupção, nada disso."

Sobre repasse à Neoway. Ele tem outro negócio, que não vem ao caso agora, e ele fez uma parceria: comprou um sistema e ele não foi entregue. Quem conhece um pouco essa parte digital sabe que são parcerias caras, com valores elevados. Ele explicou o que é isso. Ele comprou um 'sistema' que não foi entregue, ele foi vítima e daí é que, possivelmente, começou essa investigação, que fez o caminho inverso. Ele não tinha a informação [sobre a Neoway ser empresa fantasma], nunca teve. Ficou sabendo agora pela situação."

Prints. "Ele não foi questionado [sobre prints]. Aquilo é falso, não tem sentido. A própria polícia nem perguntou sobre isso."

Repasses e contratos

Intermediário no contrato de patrocínio entre clube e casa de apostas, Alex Cassundé admitiu ao clube e à casa de apostas ter feito repasses à Neoway Soluções Integradas.

Em uma contranotificação datada do dia 29 de maio, a Rede Social Media Design, empresa de Cassundé, disse ter um contrato de prestação de serviços confidencial com a Neoway e que os repasses são pagamentos referentes a esse acordo.

O documento é assinado pelo advogado Cláudio Salgado, que também representa Cassundé em investigação na 3ª Delegacia do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC).

Além de admitir os repasses, a carta diz que Cassundé contratou a Neoway para implementar softwares de telemedicina em um cliente, mas se nega a enviar cópia do contrato, alegando que ele está protegido por cláusula de confidencialidade.

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