António descarta janela de peso e pede ajuste de expectativa no Corinthians
O técnico António Oliveira reconheceu que o Corinthians deve fazer uma janela de transferências abaixo das expectativas geradas. O treinador também pediu que seja feito um ajuste quanto às esperanças colocadas em cima do elenco atual no decorrer da temporada. Ele, no entanto, se esquivou sobre as perguntas quanto à uma possível demissão após o empate contra o Cuiabá.
O que ele disse?
Sem janela de peso. "Reforços são uma situação que as pessoas têm que adequar as expectativas a aquilo que vai chegar. Não vai chegar o Neymar, Marquinhos ou Paquetá. Se calhar, não vamos ter aquilo que, eventualmente, me prometeram. Vamos ver o que o mercado e as oportunidades que nos dão."
Ajuste de expectativas quanto ao elenco. "Nós é que temos que moldar as expectativas de um clube com essa dimensão, com uma torcida dessa, para aquilo o que o clube pode nos oferecer hoje. Já disse aos jogadores para não desistirem, que não vou desistir deles, mas o grupo é curto para as expectativas."
Trabalho além do esperado. "Estou seguro do que faço, sei como cheguei aqui. Agora, realmente, tem sido um trabalho árduo, apaixonante, mas não pensei que teria que fazer tanta coisa além da minha competência técnica."
Classificação e jogos
Teme demissão? "Eu não vou entrar nisso. Já disse isso antes, isso tem que perguntar ao Fabinho e presidente. Só faço o que controlo, isso eu não controlo [...] Não há mais ninguém que acredite mais do que eu no que eu faço. É minha tarefa mobilizar os jogadores para entrarem confiantes e atacando o próximo jogo com a mesma motivação, missão e objetivo de conquistar os três pontos."
Sem desespero. "O objetivo é, nesta altura, ganhar o próximo jogo. Não é satisfatório o brasileiro que temos feito, temos só uma vitória, é muito pouco para uma equipe dessa dimensão, independente do elenco. O treinador também tem essa responsabilidade. Ao final de 12 jogos, é pouco ter uma vitória. É preocupante, mas não é desesperador"
Polêmicas extracampo. "Sou um funcionário do clube, estou aqui porque aceitei, ninguém me obrigou. Essas situações me passam ao lado, não é da minha responsabilidade. As pessoas de direito devem se posicionar sobre isso."
'Árbitro maçarico'. "Eu percebo que olhamos para o Corinthians e parece que estamos encostado no ringue e estão batendo em nós. Como é possível no lance do Coronado e do Pedro Raul não ir nem no VAR. Chamaram em uma situação em que a falta começa fora da área. É fácil nesta altura bater no Corinthians, ainda mais em casa com um maçarico que chegou aqui no seu primeiro jogo. Todas as pessoas começam por algum jogo, mas em nenhum momento quero usar a arbitragem como desculpa, mas ela tem impacto, com certeza."
20 minutos catastróficos. "O grupo de jogadores se entregou de corpo e alma, teve dedicação, atitude, entrega, paixão, raça. 10 minutos inadmissíveis na primeira e segunda parte que colocaram em causa o que foi o jogo. O adversário chegou na primeira oportunidade e fez. Foram 20 minutos catastróficos do nosso time, depois andamos sempre atrás do resultado. O Cuiabá, se sai atrás, tem alguma dificuldade. Hoje, demos a oportunidade do adversário colocar o peixe na água."
Donelli decisivo. "Sempre disse que confio em todos, e o Donelli tem feito o trabalho da melhor forma. Tem a nossa confiança, fez um bom jogo passado e foi decisivo hoje, independente do pênalti não ser na minha visão."
Clássico contra o Palmeiras. "Vamos ter tempo para pensar sobre isso. Pela dessa densidade de jogos, intervalos curtos, os jogadores estão desgastados. Os mesmos têm sido solicitados por causa dessas limitações do elenco. Todos os clássicos têm uma carga emocional histórica que respeitamos muito. Sabemos o momento das equipes, a estabilidade que um tem e o outro procura, e que vai demorar. É importante, cada vez mais, as pessoas servirem mais o Corinthians do que se servirem dele. Quando entenderem isso, o Corinthians talvez vai estar no caminho certo."
Fagner segue fora. "Não vai voltar, não vai enfrentar o Palmeiras. Temos sido castigados por lesões de jogadores importantes. É um jogador superior e que nos faz falta, assumo isso. Ainda mais em um momento que temos as ausências do Cássio, do Paulinho... Existe essa ansiedade de voltar a tê-lo, seja dentro ou fora de campo."
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