O técnico Pedro Caixinha traçou um paralelo entre o crescimento do RB Bragantino e dos seus rivais no futebol brasileiro.
O que aconteceu
Para o treinador português, a necessidade de regularidade e a cultura de pressão por títulos são necessárias para a evolução do clube. Ele falou em entrevista ao Zona Mista do Hernan, no canal do UOL Esporte no YouTube, no ar nesta segunda-feira (24).
Caixinha apontou os três pilares para que um clube se torne grande. Por ser um time ainda jovem, o técnico diz que o Massa Bruta precisa igualar a cultura de exigência que existe em equipes mais consolidadas.
Essa cultura (pressão por títulos) tem que ser criada e exigida aqui dentro. As equipes grandes em Portugal são grandes porque tem história, títulos e torcida. Não há um time desse tamanho que não tenha esses três pontos. Nós não vamos ser uma equipe grande nesse sentido, a história é reduzida, os títulos não existem e torcida também não. Mas há uma coisa que temos que igualar aos grandes, que é o pensamento, a filosofia. É essa cultura de exigência que tem que existir do topo para base e vice-versa. Pedro Caixinha.
Nós temos chegado as fases finais e temos sempre sucumbido. Nesses 17 meses que estou aqui, numa avaliação de até 10, nós somos um 7, aquilo que é o nosso nível de exigência. Nós podemos ser candidatos a ganhar um Brasileirão? Não, mas podemos ter o nosso pensamento igual temporada passada, quando a cinco rodadas do fim estávamos no grupo de que poderia ganhar. Temos que ser realistas. Em São Paulo e no Rio são oito equipes grandes, aí vamos a Porto Alegre, Minas Gerais, tem o Athletico-PR…estamos em 14º, 16º na posição salarial desse ranking todo. Acha que é real dizer que sou candidato a ganhar o Brasileirão? Mas se eu colocar os objetivos lá em cima, que a nossa equipe sempre tenha uma regularidade, já fizemos jogos nota 7, 8, 9 e 10... Quando nós estamos aqui, com todo respeito, nós podemos ganhar de qualquer equipe.
Caixinha também destacou o trabalho diário que o Red Bull Bragantino faz para manter a regularidade e brigar no topo.
A nossa luta aqui dentro é encontrar o equilíbrio de sermos sempre uma nota 7. Não vamos conseguir manter sempre essa regularidade, mas essa minha luta para manter essa regularidade de jogo, de comportamento, dos hábitos diários, é assim que se cria esse pensamento de uma equipe grande e esse é o trabalho que temos que fazer aqui todos os dias. Isso não só eu, mas em todas as áreas.
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