Dérbi é tudo ou nada para a permanência de António Oliveira no Corinthians

O presidente Augusto Melo temeu não conseguir encontrar um substituto a tempo e enfrentar o maior rival sem um comandante de fato. Até porque Danilo acabou de ser demitido do sub-20.

Outro fator que pesou pela permanência é o poder que o jogo tem. Uma vitória contra o Palmeiras representaria paz para António.

Perder para o Verdão, em compensação, seria o fim da linha. O Corinthians está na 18ª colocação e na zona de rebaixamento do Brasileirão, com apenas nove pontos em 12 jogos.

Pressionado?

António não pareceu nervoso depois do empate frustrante de 1 a 1 contra o Cuiabá, na Neo Química Arena.

O treinador reencontrou amigos do Dourado e apareceu sorridente na zona mista, setor do estádio onde jogadores e membros da comissão técnica passam antes de sair.

António conversou informalmente com jornalistas e até pediu para o roupeiro do Cuiabá imitar pássaros, como o curió. O português se divertiu com a imitação.

Por fim, o técnico comemorou a chegada da família. Sua esposa vem de Portugal nesta quinta-feira (27): "Estou muito feliz".

Essa paz de António tem a ver com a sensação de que faz o máximo pelo clube. Ele entende que só pode entregar mais quando reforços forem contratados.

Estou muito seguro daquilo que faço, sei como cheguei aqui, agora realmente tem sido um trabalho árduo, que tem sido apaixonante, mas não pensava que tinha que fazer tanta coisa que fosse para além daquilo que fosse a minha competência técnica

António Oliveira, em entrevista coletiva