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Zubeldía banca Jandrei, admite 'perigo' com escalação e exalta diretoria

Do UOL, em São Paulo

27/06/2024 23h54

Classificação e Jogos

O técnico Luis Zubeldía, do São Paulo, bancou Jandrei como titular dos próximos jogos do Tricolor — reserva do convocado Rafael, o goleiro falhou contra o Criciúma na vitória paulista por 2 a 1. O argentino ainda falou sobre o "perigo" da escalação de Ferreirinha e exaltou a diretoria ao negar qualquer tipo de rixa interna.

O que Zubeldía falou?

Jandrei será mantido? Sim, o Jandrei é um goleiro de experiência. É claro que o fato de jogar em equipes grandes sempre pode gerar algum tipo de polêmica. Há um tempo, falava sobre duas posições que, permanentemente, as pessoas miram com lupa: o centroavante, com Juan, e o goleiro. Devo reconhecer que a trajetória do Jandrei é importante. Se hoje houve essa incidência no gol, eu sempre espero que, diante de um goleiro do nível de profissionalismo dele, ele reverta essa situação rapidamente. Ele terá que jogar bem a próxima partida. São desafios importantes para o jogador. A única coisa que posso fazer é dar meu apoio. Estamos em um momento que necessitamos nos unir e somos assim. Internamente, tratamos de sempre trabalhar e apoiar os jogadores. O campeonato é muito longo e equilibrado, precisamos ter todos protegidos. As críticas fazem parte do jogo, é preciso pensar no próximo jogo. Os jogos servem para demonstrar isso. Se hoje não saiu, na próxima vai melhorar."

Jandrei em ação durante São Paulo x Criciúma; goleiro falhou nos acréscimos Imagem: RENAN MELO/MYPHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Escalação "perigosa" com Ferreirinha. "Hoje, jogamos com o esquema de 4-2-4, com quatro atacantes. Era perigoso? Sim, mas tratamos de fazer uma estratégia em relação ao adversário e de como vínhamos nos últimos jogos. Usamos isso e baixamos um pouco os volantes. Hoje, ocorreu tudo bem, fizemos gols rápido. Era importante ganhar depois de uma sequência negativa."

Problemas internos? Não há qualquer problema. Venho de dois trabalhos longos no Lanús e na LDU. Imaginem as situações que passamos. Quando o time ganha duas ou três vezes, é preciso dimensionar a situação de uma maneira e, quando soma-se dois pontos em quatro partidas, também é preciso dimensionar de outra maneira. Não é a primeira ou última vez que temos que controlar estas situações. Temos 15 anos trabalhando. O que podem comentar nas redes sociais. Quando ganha, colocam você lá em cima, e quando perde, criam várias hipóteses. Assim é o mundo de hoje. O mais importante é que trabalho com gente muito boa no clube. E coloco nesta questão os dirigentes, os jogadores e todo o estafe. Sabíamos que estávamos mal e isso gera efervescência, é normal. É preciso ter calma."

Ferreirinha atuou como titular em São Paulo x Criciúma Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Raio-x da vitória. "Em grande parte do jogo, a equipe se portou de acordo com as características dos jogadores em campo. Claro que, para aguentar o ritmo frenético, paga-se um preço de desgaste. É preciso se adaptar às situações que se apresentam e, se for preciso, jogar de uma maneira mais equilibrada. Fizemos um 1° tempo seguindo o plano. Fizemos algo bom para nossos torcedores, eles gostam mais porque atacamos mais. O Ferreirinha teve essa missão de atacar de fora para dentro e fazer com que a linha de cinco deles tivesse problema de qual jogador marcar. Se você ataca por fora, a linha de cinco sabe quem marcar, mas quando vai por dentro, é um problema porque não se sabe quem marca. Provocamos boas jogadas. O Criciúma vinha de vitórias importantes. Tirando o final, a equipe controlou mais o jogo do que sofreu."

Pés no chão. "Quando se ganha ou se perde, é preciso entender que a bússola para o próximo jogo é o trabalho, humildade e, claro, mostrar tudo dentro de campo. Pelo que me contaram, no futebol brasileiro, as equipes oscilam muito porque o campeonato é longo. A equipe que tem recurso e capacidade para poder levantar de uma queda termina com uma boa temporada. Hoje, pudemos levantar, e tomara que possamos ganhar o próximo jogo, que será duro — e depois ganhar mais duas ou três vezes, que seria o ideal."

Gol ensaiado de falta. "É uma variação que eles podem usar. Meus auxiliares controlam essas situações de bola parada, eles fizeram um movimento curto e pegam bem na bola neste giro. Eles já vinham treinando isso há muito tempo. É sempre uma alternativa, mas são os jogadores que tomam a decisão. Tenho que parabenizar meus jogadores e os profissionais que trabalharam nisto."

Alisson. "É um volante moderno e atemporal. Ele tem um princípio importante, que é jogar bem o futebol. Ele tem um posicionamento bom, pode sair da pressão de diferentes maneiras e, hoje, fez um gol. O nível do Alisson é muito bom. Ele se desgastaria um pouco menos em um jogo mais posicional, trato todos os dias de treinar essa situação."

Alisson abriu o placar para o São Paulo na vitória sobre o Criciúma Imagem: IAGO RODRIGUES/PERA PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Duelo com Ceni. O Rogério é uma lenda viva, basta lembrar o que ele fez no clube para ver quem é o Rogério. Se você não sabe quem é o Rogério, não sabe o que é o São Paulo. Ele é um ex-goleiro que batia muito bem na bola. Sem ofender aos demais, mas era Chilavert e Rogério. Não há muitos que fazem o que eles fizeram. O Rogério é o São Paulo. Entendemos que o Bahia é uma equipe que tem um modelo de jogo, por toda a estrutura, importante. Os resultados que estão obtendo têm a ver com o trabalho do Rogério e com a qualidade de jogadores. Será uma linda partida e um teste para a gente."

Atrito com Sabino. "Foi um mal entendido. Realmente, me chateia falar deste tema porque é um jogador muito respeitoso e que tem feito ótimos treinos para estar aqui. Quando comentaram sobre esta situação, me surpreendi pelo tipo de personalidade que ele tem. Os preparadores físicos são muito queridos pelos jogadores — e muito capazes. Me surpreendeu e gerou algo que foi só um mal entendido, não houve qualquer problema. Isto é para deixar o Sabino tranquilo. Não aconteceu nada."

Pressão brasileira. "Perder pontos depois de ter conquistado gera pressão, e a efervescência não acontece só aqui, mas em todas as equipes. E não ocorre só no Brasil, mas em todos os países. Antes, quando as pessoas não estavam de acordo com o resultado, precisavam chamar a imprensa. Hoje, com cinco segundos, há opiniões. É passional, mas não mais que isso. Isso ocorre em todos os países."

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