Zubeldía banca Jandrei, admite 'perigo' com escalação e exalta diretoria
O técnico Luis Zubeldía, do São Paulo, bancou Jandrei como titular dos próximos jogos do Tricolor — reserva do convocado Rafael, o goleiro falhou contra o Criciúma na vitória paulista por 2 a 1. O argentino ainda falou sobre o "perigo" da escalação de Ferreirinha e exaltou a diretoria ao negar qualquer tipo de rixa interna.
O que Zubeldía falou?
Jandrei será mantido? Sim, o Jandrei é um goleiro de experiência. É claro que o fato de jogar em equipes grandes sempre pode gerar algum tipo de polêmica. Há um tempo, falava sobre duas posições que, permanentemente, as pessoas miram com lupa: o centroavante, com Juan, e o goleiro. Devo reconhecer que a trajetória do Jandrei é importante. Se hoje houve essa incidência no gol, eu sempre espero que, diante de um goleiro do nível de profissionalismo dele, ele reverta essa situação rapidamente. Ele terá que jogar bem a próxima partida. São desafios importantes para o jogador. A única coisa que posso fazer é dar meu apoio. Estamos em um momento que necessitamos nos unir e somos assim. Internamente, tratamos de sempre trabalhar e apoiar os jogadores. O campeonato é muito longo e equilibrado, precisamos ter todos protegidos. As críticas fazem parte do jogo, é preciso pensar no próximo jogo. Os jogos servem para demonstrar isso. Se hoje não saiu, na próxima vai melhorar."
Escalação "perigosa" com Ferreirinha. "Hoje, jogamos com o esquema de 4-2-4, com quatro atacantes. Era perigoso? Sim, mas tratamos de fazer uma estratégia em relação ao adversário e de como vínhamos nos últimos jogos. Usamos isso e baixamos um pouco os volantes. Hoje, ocorreu tudo bem, fizemos gols rápido. Era importante ganhar depois de uma sequência negativa."
Classificação e jogos
Problemas internos? Não há qualquer problema. Venho de dois trabalhos longos no Lanús e na LDU. Imaginem as situações que passamos. Quando o time ganha duas ou três vezes, é preciso dimensionar a situação de uma maneira e, quando soma-se dois pontos em quatro partidas, também é preciso dimensionar de outra maneira. Não é a primeira ou última vez que temos que controlar estas situações. Temos 15 anos trabalhando. O que podem comentar nas redes sociais. Quando ganha, colocam você lá em cima, e quando perde, criam várias hipóteses. Assim é o mundo de hoje. O mais importante é que trabalho com gente muito boa no clube. E coloco nesta questão os dirigentes, os jogadores e todo o estafe. Sabíamos que estávamos mal e isso gera efervescência, é normal. É preciso ter calma."
Raio-x da vitória. "Em grande parte do jogo, a equipe se portou de acordo com as características dos jogadores em campo. Claro que, para aguentar o ritmo frenético, paga-se um preço de desgaste. É preciso se adaptar às situações que se apresentam e, se for preciso, jogar de uma maneira mais equilibrada. Fizemos um 1° tempo seguindo o plano. Fizemos algo bom para nossos torcedores, eles gostam mais porque atacamos mais. O Ferreirinha teve essa missão de atacar de fora para dentro e fazer com que a linha de cinco deles tivesse problema de qual jogador marcar. Se você ataca por fora, a linha de cinco sabe quem marcar, mas quando vai por dentro, é um problema porque não se sabe quem marca. Provocamos boas jogadas. O Criciúma vinha de vitórias importantes. Tirando o final, a equipe controlou mais o jogo do que sofreu."
Pés no chão. "Quando se ganha ou se perde, é preciso entender que a bússola para o próximo jogo é o trabalho, humildade e, claro, mostrar tudo dentro de campo. Pelo que me contaram, no futebol brasileiro, as equipes oscilam muito porque o campeonato é longo. A equipe que tem recurso e capacidade para poder levantar de uma queda termina com uma boa temporada. Hoje, pudemos levantar, e tomara que possamos ganhar o próximo jogo, que será duro — e depois ganhar mais duas ou três vezes, que seria o ideal."
Gol ensaiado de falta. "É uma variação que eles podem usar. Meus auxiliares controlam essas situações de bola parada, eles fizeram um movimento curto e pegam bem na bola neste giro. Eles já vinham treinando isso há muito tempo. É sempre uma alternativa, mas são os jogadores que tomam a decisão. Tenho que parabenizar meus jogadores e os profissionais que trabalharam nisto."
Alisson. "É um volante moderno e atemporal. Ele tem um princípio importante, que é jogar bem o futebol. Ele tem um posicionamento bom, pode sair da pressão de diferentes maneiras e, hoje, fez um gol. O nível do Alisson é muito bom. Ele se desgastaria um pouco menos em um jogo mais posicional, trato todos os dias de treinar essa situação."
Duelo com Ceni. O Rogério é uma lenda viva, basta lembrar o que ele fez no clube para ver quem é o Rogério. Se você não sabe quem é o Rogério, não sabe o que é o São Paulo. Ele é um ex-goleiro que batia muito bem na bola. Sem ofender aos demais, mas era Chilavert e Rogério. Não há muitos que fazem o que eles fizeram. O Rogério é o São Paulo. Entendemos que o Bahia é uma equipe que tem um modelo de jogo, por toda a estrutura, importante. Os resultados que estão obtendo têm a ver com o trabalho do Rogério e com a qualidade de jogadores. Será uma linda partida e um teste para a gente."
Atrito com Sabino. "Foi um mal entendido. Realmente, me chateia falar deste tema porque é um jogador muito respeitoso e que tem feito ótimos treinos para estar aqui. Quando comentaram sobre esta situação, me surpreendi pelo tipo de personalidade que ele tem. Os preparadores físicos são muito queridos pelos jogadores — e muito capazes. Me surpreendeu e gerou algo que foi só um mal entendido, não houve qualquer problema. Isto é para deixar o Sabino tranquilo. Não aconteceu nada."
Pressão brasileira. "Perder pontos depois de ter conquistado gera pressão, e a efervescência não acontece só aqui, mas em todas as equipes. E não ocorre só no Brasil, mas em todos os países. Antes, quando as pessoas não estavam de acordo com o resultado, precisavam chamar a imprensa. Hoje, com cinco segundos, há opiniões. É passional, mas não mais que isso. Isso ocorre em todos os países."
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