Abel brinca que gol foi ensaiado, detona Daronco e se esquiva sobre Gabigol
O técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, brincou ao afirmar que o gol de Fabinho, que desviou um chute de Raphael Veiga e deu início à vitória alviverde sobre o Corinthians, foi ensaiado. Ele também criticou a arbitragem de Anderson Daronco e se esquivou sobre o interesse do clube no atacante Gabigol.
O que Abel falou?
Início com homenagens. "Gostaria que minhas primeiras palavras fossem para a família do Dudu [ex-jogador do Palmeiras que morreu na sexta], que é uma referência do clube não só como jogador, mas como treinador também. Gostaria de dar minhas condolências e fica meu abraço."
Gol ensaiado? "Tenho um acordo de paz com o aleatório. Eu aceito a forma como, no último jogo, meu adversário foi à meta fez o gol no último jogo, assim como tenho que aceitar a jogada ensaiada pelo Vitor Castanheira [auxiliar]. Ontem, no treino, fizemos 20 vezes aquele lance em que o Fabinho baixa a cabeça para o Veiga acertar e fazer a bola entrar. Foi uma jogada muito estudada. Mas não acho que ganhamos com sorte: fomos os justos vencedores contra uma equipe que não está em sua máxima confiança. É um clube de peso e histórico no Brasil, é sempre bom ganhar estes jogos."
Crítica a Daronco. "Achei o Daronco extremamente rigoroso, não o conhecia assim, até porque é um árbitro que sabe que a parte física entra. Não estou dizendo que o Veiga... Não foi uma agressão, na minha opinião. Há um comportamento antes de um jogador contra um jogador nosso. Aí, ele vai e dá uma peitada. Na minha opinião, ele [Daronco] foi muito rigoroso, e vou ficar mais atento. Há alguns fenômenos em algumas arbitragens de algumas equipes que estão me deixando preocupado. Foi muito rigoroso o que ele fez, mas ainda não vi o lance no replay. Só espero que os árbitros sejam coerentes e que falem uns com os outros para que o mesmo lance seja igual para todos. Foi o que me prometeram quando vieram aqui, no início, falar por duas horas o que fariam. Quero ver se eles têm tempo de se colocarem numa sala para corrigir estes lances. Estou achando muito estranho alguns lances que ocorrem de forma repetida com algumas equipes."
Classificação e jogos
Gabigol. "A Leila sabe o que penso. Já disse aqui e serei coerente com o que tenho feito: não falo de jogadores de outros clubes. É um problema que não é meu. Estou muito contente com quem temos aqui, não conto com receber mais reforços, até porque os reforços custam muito dinheiro, mas também disse publicamente para a Leila não vender Estêvão, Endrick e Luis Guilherme e ela vendeu. Acredito nas mulheres: acho que elas são fundamentais com cargos assim porque são bem mais racionais do que nós. Tenho certeza que o clube está bem entregue. A função dela é dirigir e ela é nossa líder. Confio em tudo que ela faz juntamente com o Barros. Não quero alimentar uma novela, há muitos jogos por trás e não acho que meus jogadores merecem isso. Eles me conhecem, sabem qual é meu perfil e quais valores temos no grupo. Um jogador é muito mais do que o que vemos nas quatro linhas. Não vou me alongar mais do que isso. Ele não é nosso jogador e não vou falar dele. Só digo que conto com os três atacantes que tenho aqui: Luighi, Rony e López."
Atuação de Flaco. Hoje, a partir da expulsão, ele fez mais um Rony do que um Flaco. O Flaco é o terceiro do Palmeiras com mais força nas pernas — apesar da altura. Há muito mais para descobrir, mas com a quantidade de jogos, não há como. O Luighi também estava pronto, vocês vão ouvir falar bastante dele. O Flaco tinha uma função específica e a cumpriu, fico muito feliz por ele. É dar a confiança aos jogadores. O Palmeiras está bem de finanças e não precisa mais vender jogadores.
Vitor Reis com brilho em estreia como titular. "Ele treina conosco há muito tempo. Disse-lhe em função do que aconteceria com o Gómez, que acreditamos que sairia. Acreditava que a oportunidade dele pudesse surgir e falei para ele se preparar. É como fazemos com todos. Há outra coisa: tenho lideranças dentro do grupo que recebem muito bem estes jovens, a começar pelos nossos dois goleiros, o próprio Murilo, o Zé, o Dudu, o Veiga, o Rony, o Rocha, o Piquerez... é um trabalho conjunto, e sou muito orgulhoso de ser o treinador desta equipe. [...] Eu consigo fazer uma equipe ser organizada, mas técnica eu não dou. Ou eles têm ou não. É ótimo termos esta solução dentro destes zagueiros. O Gómez e o Murilo têm que abrir o olho porque, apesar de serem moleques, eles [zagueiros da base] querem jogar. É bom para nós crescer com essa mistura."
Substituições e desvantagem numérica. "Discutir o futebol com quem está sentado numa cadeira é triste porque, se eles soubessem tanto quanto eu, estariam no meu lugar. Temos algumas lacunas em algumas posições. Começamos o jogo com quase todos os meias lá dentro. O futebol não é uma brincadeira. Quando temos menos um e está 2 a 0, tenho que defender bem. Uma das grandes oportunidades, mesmo com menos um, é nossa, com o Vanderlan cruzando para o López. Não abrimos mão do centroavante e refrescamos a equipe com laterais. Em função de não termos mais meio-campistas, entendi que a única opção era o Mayke, um jogador inteligente e que nos podia ajudar no meio. Colocamos Mayke e Jhon Jhon, refrescamos os corredores. Nosso adversário não colocou o Pedro Raul por acaso. Tínhamos que defender os lados, de onde saem os cruzamentos. Acho que o treinador do Palmeiras ajudou muito sua equipe."
Base forte. "Há quantos anos o Palmeiras tem base? O Palmeiras tem base há muitos anos, o problema é que é preciso coragem para apostar. O trabalho da base é muito bom, mas é preciso subi-los e ter a coragem de apostar neles porque me obrigam a ganhar. Quando não ganhamos, é 'Professor Pardal', como se nossos adversários não tivessem méritos quando ganham. Quando cheguei, em 2020, já havia jogadores na base, o treinador antes de mim falou sobre a base e o que significava jogar com jogadores da base. Vocês têm as palavras dele. Desde que chegamos, temos um elemento na comissão que é responsável por tudo que se passa na base, que é o Castanheira. Ele acompanha de forma direta o que se passa na base e traz as informações. Vocês também sabem que estes jogadores treinam conosco de forma regular. Há um trabalho na base e outro aqui. A diferença do Palmeiras para outros clubes é que não temos 15 milhões de euros para deixar um zagueiro no banco. Se eu fizesse isso, o que me diriam? Aqui, formamos jogadores."
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