O lateral-direito Jules Koundé, da seleção francesa, voltou a se posicionar sobre as eleições do país e lamentou o resultado das urnas, um dia após o primeiro turno, com vitória do partido Reunião Nacional, liderado por Marine Le Pen, de extrema-direita. Nesta segunda-feira, a França venceu a Bélgica por 1 a 0 e avançou às quartas de final da Eurocopa.
"Obviamente eu estou desapontado em ver a direção que o nosso país está caminhando, com um alto nível de apoio a um partido que é contra nossos valores de unidade, respeito e que quer dividir o povo francês", disse o jogador de 25 anos e que atua no Barcelona.
"Mas ainda tem o segundo turno. Nada está decidido. Eu acho que é importante bloquear a extrema direita e o Partido Reunião Nacional", complementou o defensor que já havia se posicionado no dia das eleições.
Esta não foi a primeira vez que a política tomou conta do vestiário da França. O próprio jules Koundé já havia se manifestado no domingo, dia das eleições, para convocar a população a votar.
"Hoje é um dia crucial para a França e o nosso futuro. Votar não é só um direito, mas também uma responsabilidade. A força da democracia está em todas as vozes serem ouvidas e de todos terem liberdade de compartilhar seus pontos de vista", escreveu o jogador nas redes sociais.
Antes de Koundé, Marcus Thuram, Aurelien Tchouameni, Ousmane Dembélé e Kylian Mbappé já haviam se manifestado contra a extrema-direita no país. Nenhum atleta se posicionou a favor do partido Reunião Nacional, de Marine Le Pen, ou contra a decisão dos jogadores.
O partido Reunião Nacional recebeu 33% dos votos no primeiro turno. A Nova Frente Popular, bloco de partidos de esquerda, ficou em segundo com 28% dos votos. Já o bloco de centro, do presidente francês Emmanuel Macron, recebeu 20% dos votos.
O segundo turno das eleições da França está marcado para o próximo domingo (7). Dois dias antes, na sexta-feira, a seleção de Mbappé entra em campo contra Portugal pelas quartas de final da Eurocopa em Hamburgo.
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