Dribles, peitada na Conmebol, rival irritado: a 'virada de jogo' de Vini Jr
Do UOL, em São Paulo
01/07/2024 15h42
Vini Jr. começou com o pé esquerdo na Copa América, com uma atuação fraca diante da Costa Rica, há uma semana. Mas o craque conseguiu dar a volta por cima e se firmar como a estrela da atual seleção brasileira — irritando, inclusive, o Paraguai, goleado pelo time de Dorival Júnior na última sexta (28).
Os destaques de Vini Jr. na competição
O craque do Real Madrid reconheceu que teve uma atuação ruim no empate em 0 a 0 contra a Costa Rica, na segunda-feira (24) que marcou a estreia da seleção na Copa América.
Vini não finalizou uma vez sequer e foi substituído aos 25 minutos do segundo tempo para a entrada de Savinho.
Mas apesar de admitir o desempenho ruim da Seleção, ele não poupou críticas à organização do campeonato. "Não temos nenhuma desculpa, mas o campo com certeza atrapalha. A qualidade da Copa América é completamente diferente da Euro e ainda diminuíram as medidas para dificultar mais ainda", disse na saída do jogo, destacando que os gramados dos Estados Unidos, onde acontece a competição, não seguem o padrão Fifa, sendo pensadas para o futebol americano.
Virada e paraguaios irritados
Apenas quatro dias depois, contra o Paraguai, Vini teve uma virada e acabou eleito o craque do jogo. Na goleada do Brasil por 4 a 1, ele marcou dois gols e exaltou o objetivo de vencer o torneio, mas sem deixar de criticar, mais uma vez, as dimensões do campo e o tratamento da Conmebol aos jogadores brasileiros.
Eu sempre falo que eu nunca jogo por mim jogo pela minha equipe, quando jogo pelo Brasil eu jogo pelo meu país. Sempre tento fazer as melhores coisas e hoje consegui entrar e fazer uma boa partida do nível de jogador que eu sou. Eu sei que eu posso melhorar muito para poder ajudar a seleção brasileira, ajudar essa equipe que trabalha muito para poder colocar o Brasil no lugar que merece. A gente vai seguir firme nesse objetivo, o primeiro passo é ganhar a Copa América.
Vini Jr.
Para além dos gols na seleção adversária, Vini distribuiu todo seu arsenal de jogadas contra o Paraguai: deu dribles, carretilha, chapéu, caneta e deixou seu marcador para trás em diversas oportunidades.
Apesar de já conhecido, o estilo do jogador rendeu confusão com jogadores paraguaios e uma "alfinetada" do técnico Daniel Garnero, que disse "não ser fácil aceitar a maneira de jogar" do brasileiro. "Mas essa avaliação é para o árbitro, ele é quem tem que colocar limites. Depois disso, ele joga como é melhor para ele", afirmou o comandante em coletiva pós-jogo.
Treta com a Conmebol
Já Vini Jr. tentou recusar entrevistas após a partida, mas acabou criticando a falta de punição aos adversários, depois de ser "caçado" durante o jogo.
Pela forma que a Conmebol trata a gente, é sempre muito complicado. Mas a gente tem que seguir firme porque só ganhando a gente pode falar. Sempre que a gente fala, a Conmebol fala que a gente fala demais e a verdade é toda essa.
Vini Jr, na saída do campo, sobre a organização que organiza o campeonato
O Brasil volta a campo para o terceiro e último jogo da Fase de Grupos na terça (2) às 22h, contra a Colômbia. Ela é líder do grupo, com seis pontos.