Cinturão de Dorival: como técnico quer evitar contra-ataque em 'minicampos'
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O técnico Dorival Jr vem aplicando um conceito tático na seleção brasileira que é chamado 'o cinturão'. A ideia é estar preparado para defender mesmo no momento ofensivo.
O que aconteceu
O conceito implantado por Dorival evita que o rebote da área caia nos pés dos adversários e ocasione contra-ataques. O pedido é para montar como se fosse uma barreira de proteção entre o local onde está a bola e o gol brasileiro.
O cinturão é montado à frente da área adversário quando a seleção chega à linha de fundo. Não é necessariamente formado por zagueiros, mas sim por quem estiver mais recuado no momento.
A ideia é estar preparado para ganhar os rebotes ofensivos. Existe uma preocupação com a transição rápida em contra-ataques e isso se intensificou nos 'minicampos' da Copa América.
Idealmente o cinturão é formado por três jogadores. No entanto, em momentos mais ofensivos ele pode ser formado apenas por dois homens.
Com o cinturão, Dorival foca em recuperar a bola que sobrar na área e continuar com a posse de bola ainda no campo ofensivo. O técnico acredita que a equipe já vem executando bem o conceito.
O zagueiro Bremer, antes do início da Copa América, falou sobre as diferentes propostas de Tite, ex-técnico da seleção, e de Dorival, e citou o cinturão.
Com Tite eu peguei já o final do ciclo dele. Ele trabalhava bastante a fase defensiva. Sempre ganhava sem tomar gols, tomava poucos gols. Se tivesse que comparar com alguém, seria mais treinador italiano. Dorival é um time mais solto, joga e precisa que os laterais sejam ofensivos também, diferentemente do Tite. São duas propostas diferentes. Defensivamente tem que estar mais atento com os laterais subindo mais. É atacar marcando, o que o Dorival sempre fala, o cinturão.