Dorival confirma Endrick como titular na vaga de Vini Jr. contra o Uruguai

O técnico Dorival Jr confirmou que Endrick será o substituto de Vini Jr., suspenso, nas quartas de final da Copa América contra o Uruguai. O ataque será formado por Raphinha, Rodrygo e Endrick. Falso 9 nas outras partidas, Rodrygo será deslocado para o lado esquerdo. O treinador também confirmou a entrada de Arana na vaga de Wendell.

O Brasil vai a campo com: Alisson; Danilo, Éder Militão, Marquinhos e Arana; Bruno Guimarães, João Gomes e Lucas Paquetá; Raphinha, Rodrygo e Endrick.

Endrick titular. "Isso. Raphinha, Endrick e Rodrygo. Espero que possamos continuar encontrando o caminho dos gols. Acho que o trabalho ocorre em torno de proporcionar aos atletas as possibilidades de atacar a última linha do adversário".

Função de Endrick. "Endrick não é um 9 de referência. Não é aquele jogador fixo, que prefere o trabalho basicamente de pivô. Endrick é um jogador que tem flutuação, movimentação. Nas últimas equipes em que es tive, sempre escalamos um centroavante. Temos que conhecer as características, convocamos pensando nisso. Acontece de maneira clara, natural. Sem precipitação sobre o Endrick. No momento certo acontece a oportunidade. Equipe busca se encontrar, vem evoluindo, e é questão de tempo para encontrar melhor formação e a equipe que passe maior confiança".

Como preparou Endrick. "É no geral. Grande clássico sul-americano, jogo importante para ambos. Uma equipe que merece todo nosso respeito. Estão em processo de evolução, assim como o Brasil. Acontecendo de maneira clara. Compromisso complicado, o Uruguai também terá problemas para nos enfrentar. Equipes que se conhecem, respeitam, e temos tudo para ter uma grande partida".

O atacante Raphinha também falou sobre ter Endrick como companheiro de ataque. Questionado sobre seu posicionamento com a entrada do camisa 9, ele afirmou que muda pouco.

Na minha posição, na minha função, não muda muita coisa acredito eu, não sei o que o professor pensa. Faz outra função, eu e Rodrygo igual. Temos perfil de adaptação e podemos mudar dentro de campo. No meu posicionamento não muda muita coisa, mas obviamente que no decorrer do jogo mudamos posicionamento. Posição em si é a mesma para mim e para ele

A seleção brasileira enfrenta o Uruguai neste sábado (6), às 22h (de Brasília), no Allegiant Stadium, em Nevada, nos Estados Unidos.

Confira outras respostas da entrevista coletiva do técnico Dorival Jr

Críticas

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"Todos sabem que é uma equipe ainda em formação. Temos aproximadamente, no período total, 37 dias. 20 períodos de treinamentos oficiais com todo o grupo e elenco. Não dá para pular etapas no futebol. Equipe com bons talentos precisam encontrar caminho coletivo, é a maior dificuldade. Alguns erros vão sendo mostrados, procuramos correções. Outras coisas são bem positivas e foram apresentadas. Críticas vão existir sempre, independentemente da posição, se classificássemos na primeira colocação. Nas duas últimas Copas Américas, se não me falha a memória, nos classificamos na mesma condição. Nas duas últimas que conquistamos. Passamos em segundo e não ficamos fora da final. Novo momento, todos se conhecem, nível aumenta a cada momento. Acompanhamos Copa América e Euro, com as grandes equipes em situações desconfortáveis. Não se encontram caminhos com tanta facilidade. Evolução nós tivemos muita, alguns problemas e dificuldades naturais. Faz parte de um processo. Importante é caminhar um pouquinho a cada momento até encontrar caminho mais confiável e saudável para equipe que fará a oitava partida amanhã".

Oscilações

"Ansiedade de qualquer profissional é administrada, a gente aprende ao longo da carreira. Cheguei em momento de definições em 19 oportunidades na minha carreira e conseguimos 14 títulos. Cinco vices. Não será novidade, mesma tranquilidade e equilíbrio de sempre. Sei como funciona uma equipe e o alcance de resultados. Confio no trabalho que é feito e pode surpreender muita gente até o fim da Copa América. Esse jogo não define o trabalho e nem se passarmos, com tudo corrigido e mil maravilhas. Continuaríamos preocupados com correções e valorizações de acertos. No futebol não se queima etapas, mas dá para acelerar. Estamos evoluindo, mesmo que algumas pessoas não queiram enxergar. Vamos evoluir e os resultados vão aparecer. Equipes consolidadas como equipe, com mais tempo, também vivem situações difíceis e não será diferente conosco. Somos, dentro da realidade, a sexta nas Eliminatórias e podemos estar numa semifinal de Copa América. Tudo vai acontecer no momento certo, trabalhamos para acelerar o processo e encontrar resultados melhores".

Mais sobre Endrick

"Estamos classificados. Tivemos todo o cuidado porque, de repente, em determinado momento do jogo contra a Costa Rica pediam mais um atacante e se aumentássemos o risco e levássemos o gol, poderíamos estar fora da competição. Temos que ter muito cuidado. Pode parecer algo difícil de entender, complicado para uma equipe como a seleção, mas cada ponto tem que ser valorizado. Aquele momento contra a Costa Rica, de manter a equipe jogando como vinha jogando, no campo difícil e com retomadas, sem dar chance ao adversário... Com o volume que tivemos, não encontramos o gol apenas naquele momento. Esses detalhes para o treinador são fundamentais em momento de definição. Tenho equipe que oscila um pouco, é natural. A formação passa por esse processo. Quando precisa que jogadores cumpram funções, sabemos bem que jogadores de ataque têm visão única, para frente, vertical. Queremos definir num primeiro momento... Precisa de equilíbrio, paciência para lançar jogadores com o mesmo perfil, num mesmo instante, jogando junto sem equipe já alinhada, organizada. Não podemos perder organização porque temos jogadores que podem decidir partidas ao longo do processo. Buscar a melhor formação possível. Aconteceu oportunidade no momento certo e que o Endrick esteja muito bem preparado para cumprir tudo que imaginamos".

Arana titular

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"Tem mais uma alteração, joga Arana no lugar do Wendell. Comuniquei a ele e expresso a vocês. Tivemos contra a Colômbia um jogo de momentos distintos. Até 17/20 minutos muito bem posicionados, voltamos mais ou menos assim nesse período do segundo tempo. Depois ficou favorável para a Colômbia, mas não infiltraram na nossa área a não ser em uma jogada que perdemos a bola e proporcionamos transição. No mais, foi um jogo igual, onde prevaleceram mais em momentos importantes, mas ainda assim tivemos 51% de posse de bola. Não foi um dia normal da nossa equipe, meio-campo da Colômbia e do Uruguai merecem cuidado, mas eles sabem nosso meio, nossa equipe. Teremos um grande jogo. O Raphinha falou algo importante: poderia ser uma final de competição".

Uruguai de Bielsa

"A disposição de marcação, muito interessante. Trabalho quase individualizado de marcação, com subida em conjunto. Quase que sincronismo total para retomar a bola. Movimentos interessantes com a bola, homens de fora para dentro deixando zagueiros e laterais desconfortáveis. Boas trocas, jogadas alongadas, justamente buscando o ataque à última linha adversária. Movimentos fortes de infiltração, provocando uma condição de dificuldade para compactar. Jogadores sempre provocam a última linha, evitando cinco, 10 passes atrás. Alongam o campo, infiltram. Time muito bem trabalho, com comportamentos bem definidos pelo período que ele ali está. Partida interessante. Temos detalhes importantes para tomar cuidado e estarmos alinhados de maneira consciente em relação a como marcá-los e, principalmente, como atacá-los. Velocidade na troca de passes pode fazer muita coisa acontecer favoravelmente a uma equipe ou outra".

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