Efeito Textor? Técnico da Alemanha pede inteligência artificial no futebol

O uso de inteligência artificial no futebol poderia ter evitado a eliminação da Alemanha na Eurocopa. Isto é o que pensa o técnico Julian Nagelsmann. Após a derrota para a Espanha por 2 a 1, o treinador alemão reclamou dos critérios de arbitragem da Eurocopa e protestou por um pênalti não dado para a sua equipe que poderia ter mudado a história do confronto desta sexta-feira, pelas quartas de final, em Stuttgart.

A bronca do alemão é pela bola que bateu na mão do lateral esquerdo Cucurella, da seleção espanhola. O lance aconteceu no início do segundo tempo da prorrogação, quando a partida estava empatada em 1 a 1.

"Você nunca sabe qual a intenção do jogador quando ele toca com a bola na mão. Acho que deveria ter uma intervenção de inteligência artificial para calcular a direção, onde vai a bola", disse o treinador após a partida em Stuttgart nesta sexta-feira (5).

"A regra tem de ser mais prática, mais lógica. Como aplicar ela de forma mais lógica. Isso que deveria ser discutido se não toda hora vamos ficar nessa de observar a mão se está de um jeito ou de outro. Cada pessoa tem um corpo diferente, um movimento diferente. Ninguém sabe o que é natural. Eu acho que a regra deveria ser se a bola vai nas nuvens ou se vai no gol. Esse é um critério. Se a bola vai para as nuvens, não é pênalti. Se vai para o gol, é pênalti. Isso que deveria ser discutido. Estou muito triste porque fizemos de tudo para avançar de fase", complementou o treinador.

A bronca de Jules Nagelsmann, com o pedido para o uso de inteligência artificial na arbitragem, ganhou força no futebol brasileiro com John Textor, dono da SAF do Botafogo e que tem movido um processo contra a arbitragem no país.

Textor contratou a empresa Good Game para analisar jogos do Campeonato Brasileiro e possíveis manipulações de resultados. A inteligência artificial, método defendido pelo dirigente, tem sido alvo de muitas críticas e virou tema da CPI do Futebol no Senado.

O botafoguense já foi convocado pela comissão do Senado e participou de uma sessão em abril. Além de Textor, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, também foi chamada para questionamentos dos parlamentares. Por enquanto, nenhuma irregularidade foi constatada pelas autoridades brasileiras no relatório contratado por Textor.

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