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Nomes do 7 a 1 reconstroem imagem em times brasileiros 10 anos depois

Hulk, Luiz Gustavo, Fernandinho, Marcelo e David Luiz voltaram para o futebol brasileiro Imagem: Gilson Lobo/Thiago Vasconcelos/Leonardo Lima/Thiago Robson Mafra/Alexandre Loureiro/AGIF

Do UOL, no Rio de Janeiro

06/07/2024 04h00

A reconstrução de imagem de alguns personagens do 7 a 1 passou pela decisão de voltar para casa. As boas atuações com a camisa de clubes brasileiros ajudaram para que eles não virassem apenas sinônimo da maior derrota da seleção brasileira. A goleada da Alemanha no Mineirão faz 10 anos nesta segunda (8)

O que aconteceu

Dos 14 jogadores que entraram em campo naquele dia, 10 ainda estão em atividade.

Seis deles atualmente estão no futebol brasileiro. Hulk, David Luiz, Luiz Gustavo, Fernandinho, Marcelo e Bernard. Thiago Silva estava suspenso, não jogou contra a Alemanha, mas completa a lista de sete jogadores daquela seleção hoje em ação no Brasil, já que voltou para o Fluminense.

Tirando Bernard, que ainda não estreou no Atlético-MG, os demais participantes do 7 a 1 cumprem papel importante nos seus clubes.

Desde que chegou ao Atlético-MG, Hulk passou a ser mais admirado do que nos tempos em que fazia gols em Portugal, Rússia e China. O fato de se destacar tanto no Brasil o levou a ser convocado em 2021, para as Eliminatórias, e ainda ser cogitado na fase com Fernando Diniz, em 2023. Hulk até entrou para a calçada da fama do próprio Mineirão.

David Luiz ganhou Libertadores e Copa do Brasil pelo Flamengo, assumindo papel de liderança relevante no grupo. Em 2024, virou titular novamente, com boas atuações e gols no concorrido setor defensivo de Tite.

Marcelo ainda esbanja técnica, apesar das dificuldades físicas, e ganhou a Libertadores com o Fluminense. O fato de ter voltado para casa aumentou a idolatria com os tricolores.

Fernandinho não tem título de porte na volta ao Athletico, mas sobra como capitão e líder do meio-campo.

Luiz Gustavo é um jogador mais discreto, até pela posição em que atua. Os anos seguintes ao 7 a 1 foram de convocação para a seleção até 2016, clubes de segundo escalão na Europa e passagem pelo Al Nassr, da Arábia Saudita. Mas a volta ao Brasil para atuar no São Paulo traz uma nova perspectiva sobre sua qualidade em relação a quem joga e acompanha o futebol brasileiro.

Conquistas fora da seleção geram respeito

Independentemente da história com a seleção, Fernandinho e Marcelo se tornaram lendas dos clubes europeus pelos quais passaram depois da Copa 2014.

Eles nem precisariam voltar ao Brasil para amenizar a imagem do 7 a 1, mas uma relação mais próxima ao público brasileiro contribuiu para descolamento da derrota histórica de 10 anos atrás.

Fernandinho brilhou pelo Manchester City de Pep Guardiola, embora o título da Champions League só tenha vindo na temporada após sua saída. Foram cinco conquistas da Premier League.

O lado negativo da trajetória do volante é mesmo a seleção, até pela infelicidade de ter feito gol contra na eliminação da Copa 2018, contra a Bélgica. Mas ele esteve no grupo campeão da Copa América em 2019, um desfecho mais condizente com o tamanho que teve no futebol europeu.

Para Marcelo, ter virado um dos símbolos de uma era vitoriosa do Real Madrid é o casamento perfeito daquele que é um dos jogadores mais técnicos de sua geração. São cinco Champions League no currículo. Mas a eliminação na Copa 2018 marcou a despedida da seleção.

Quem passou por clube brasileiro e já saiu

Reserva na seleção do 7 a 1, Willian chegou como "foguetinho" de Tite à Copa 2018. No que diz respeito ao mercado brasileiro, fugiu à regra de sucesso ao voltar ao Corinthians.

Ele não foi bem e ameaças que viraram caso de polícia o desencorajaram a continuar. Mas ele teve qualidade suficiente para voltar à Premier League e seguir jogando na Inglaterra. Agora pelo Fulham.

O Corinthians também recebeu Paulinho, mas o volante teve lesão séria e isso atrapalhou a sequência. Recentemente, ele deixou o clube por não ter o contrato renovado e está livre no mercado. Na seleção, Paulinho ainda conseguiu chegar como titular importante à Copa 2018 e fez até gol contra a Sérvia.

Dante? Longevidade na França

O mais velho dos titulares da seleção de 2014 ainda em atividade é Dante. O zagueiro nunca passou perto de voltar ao Brasil. Ele foi justamente um dos mais questionados, ao lado de Fernandinho, pelo apagão naquele dia.

Por atuar no Bayern de Munique na época da Copa, Dante era visto como um trunfo para travar os alemães. Ele foi o substituto do suspenso Thiago Silva. Não deu certo naquele dia.

Hoje, aos 40 anos, Dante defende o Nice, da França, e tem feito boas temporadas por lá. Mesmo com uma lesão de ligamento do joelho, em 2023, decidiu encarar a recuperação e voltar aos gramados.

Oscar soberano na China

Autor do gol de honra (?) do Brasil no 7 a 1, Oscar ainda teve mais duas temporadas e meia pelo Chelsea até se mandar para a China.

No Shanghai SIPG (que virou Shanghai Port), ele acumulou dinheiro ao longo dos anos, em um mercado que chegou a inflacionar. A bolha do futebol chinês estourou, mas Oscar ainda está no seu último ano de contrato por lá.

Já foi especulado, por exemplo, no Flamengo, mas abraçou a opção de carreira, até então, de garantir um futuro financeiro para si e sua família. O que não quer dizer que a história no futebol brasileiro não tenha capítulos a serem escritos. Até porque ele tem 33 anos.

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