Fla: Tite repete críticas a calendário e explica saídas de Werton e Lorran
O técnico Tite tentou explicar o que pensou nas substituições do Flamengo no empate por 1 a 1 com o Cuiabá, neste sábado. Ele tirou Lorran, que entrou no fim do primeiro tempo, e Werton, acionado no intervalo, durante o segundo tempo.
O Walter fez um grande jogo, acho que foram 11 finalizações no gol. Em volume criado, com uma série de adversidades, eu não vou falar a respeito de calendário, eu já falei e não quero ser repetitivo. Tivemos a busca até o momento final. O jogo se apresentou, tentamos usar dois pivôs, substituímos os meninos para criar as alternativas que precisámos e fica aqui o respaldo aos meninos, o Lorran e o Werton. Tite
O que mais ele falou?
Substituições: "Queria trabalhar em cima da projeção. Busquei um jogador de articulação para dar mais volume. Como eu tenho o Lorran junto com o Gerson, que são dois articuladores, eles se procuram, a ideia foi tê-los. Depois, montamos uma estratégia para furar o bloco médio e baixo deles. Tínhamos que fazer o movimento no último terço. É difícil não falar da questão do calendário. A gente faz a análise do adversário e não tem como treinar para esse jogo. Você coloca no vídeo e tenta fazer com que as coisas cheguem na hora. Foi o terceiro jogo seguido em menos de 72h. Não conseguimos manter a regularidade para colocar a gente na cara do gol, de ter uma finalização mais limpa. Temos que reconhecer que, do outro lado, o Walter estava num dia iluminado"
Escolhas: "Todos os atletas podem (entrar mais vezes). As vezes, nós nominamos um. Mas tem outros. O Werton entrou bem contra o Cruzeiro. As vezes quer um jogador de flanco, outro de articulação. Dentro das lógicas e das características, nós procuramos ideias."
Bruno Henrique: "Vou falar um pouco pessoal. Eu fui dormir ontem. O primeiro dia depois do jogo você não descansa, tem a energia. Eu não sei se, o Bruno Henrique estando limpo, ele consegue sair do contato e não machucar. Mas quando há jogos excessivos a propensão de um atleta machucar é muito maior. Fica o registro. Se o sindicato dos atletas colocou que 66 horas é o tempo mínimo [entre uma partida e outra], eles estão errados também. Estou colocando na condicional. Eu não sei se isso pode ter influenciado a ele ter se machucado"
Saída de BH: "Quando a gente colocou o BH, que não tinha os dois jogadores de flanco, tentamos um jogador de mais flutuação, mais posse. Não sincronizou, não coordenou. Fica um reconhecimento ao Gerson. As vezes o cara chama ele de coringa. É muito difícil executar duas ou três funções dentro de campo. Ele tem uma pré-disposição ao que é melhor para a equipe. Ele executa essas funções para ajudar a equipe. Quando você tem mais articulação você tem mais posse, quando tem mais gente aguda, tem mais verticalidade. A torcida também nos ajudou bastante. Parece que torcedor, a cada dia mais, abraça. É uma torcida que não admite até o minuto final. Esse aspecto orgulhoso dela, competitivo dela, vai até o final."
O que Lorran precisa: "Maturidade. Tempo jogado. Isso só se consegue jogando. E treino. O cara tem uma semana inteira para trabalhar, orientar como ele faz a pressão... Nós ficamos nessa loucura de um jogo atrás do outro. Assim como a equipe oscila, o garoto vai oscilar também."
O que faltou: "Quando você busca o gol, o emocional também conta. O próximo lance é o mais importante. Vai nessa construção. Mas isso não pode ser circunstancial, tem que ser pensada, articulada. Falei da finesse, do detalhe técnico. Do bom domínio, do bom passe, de abrir o campo. Teve alguns fatores que influenciaram."