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Carpini diz que saída de James estava 'certa' quando chegou ao São Paulo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

08/07/2024 13h00

Thiago Carpini, atualmente técnico do Vitória, abriu o jogo sobre sua passagem pelo São Paulo em entrevista ao Zona Mista do Hernan, no canal do UOL Esporte no YouTube, no ar nesta segunda-feira (8).

Por que James não jogava? "A minha questão com o James foi muito peculiar, porque alguns dias depois que eu cheguei foi definido que ele estaria se desligando do São Paulo."

Meta no Vitória: "O primeiro passo é permanecer, aí na medida do possível a gente começa a criar outros desafios".

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Trabalho no Água Santa: "É o trabalho que muda de prateleira, me deu outras oportunidades".

O que faria de diferente no São Paulo: "Seria mais eu, o Carpini do Água Santa, do Guarani, Juventude".

Pênalti não batido por James: "Ele disse que não estava bem, não estava confiante e não iria bater".

'Demissão' do São Paulo na mídia: "Foi um momento muito difícil da minha vida, mas que me amadureceu muito".

Período com James Rodríguez no São Paulo e não utilização do meia

"Ele (James) não jogou com o Dorival e em outros clubes que passou ele vem tendo dificuldades, mas na seleção ele consegue performar, isso é uma coisa que intriga os torcedores, imprensa e a nós também. A minha questão com o James foi muito peculiar, porque alguns dias depois que eu cheguei foi definido que o James não faria mais parte do contexto e estaria se desligando do São Paulo. Mesmo assim levamos todos os atletas para a Supercopa, convidamos para ele estar junto e ele se recusou, não foi. Depois, não sei por quais motivos, são assuntos internos, ele precisou ser reintegrado e não sairia mais".

"E ficou nessa, James fica ou não fica, e atrapalhou um pouco, as coisas estavam acontecendo, eu tinha meus critérios e não ia atropelar as coisas e passar o James na frente de ninguém. Todo clube grande é carente de ídolos, e acho que o torcedor tentou até transformar ele nesse ídolo e a gente não via em alguns momentos do dia a dia com essa indefinição de ele ficar ou não para que ele ocupasse esse espaço".

Chegada ao Vitória e desafios

"Dessa vez a ideia não era um período sabático, como foi a troca de Água Santa para o Juventude, e sim só esperar a poeira abaixar um pouco de tudo que tínhamos vivido nesse período, refletir um pouco dos erros e dos acertos e aceitar esse novo desafio do Vitória".

"Penso muito alto, mas não podemos externalizar tudo que a gente sonha, esse período me ensinou muita coisa. Somos muito otimistas, mas temos que ser um pouco mais precavidos. Sabemos que a volta do time para a elite é sempre muito complicada, equiparar elenco, orçamento, ainda mais de um início com cinco jogos e um ponto. Esperarmos recuperar isso contra um Grêmio, São Paulo, Atlético-MG, temos conseguido colocar um pouco das ideias e melhorar essa pontuação, mas o primeiro passo é permanecer, aí na medida do possível a gente começa a criar outros desafios".

Trabalho de destaque no Água Santa

"É o trabalho que muda de prateleira, me deu outras oportunidades. O Água Santa foi um marco na minha vida, dificilmente vai acontecer fazer uma final de Paulistão, talvez daqui 10 ou 15 anos viva isso novamente um clube do interior, é sempre muito específico, o Diniz com o Audax, Muricy com o São Caetano, Doriva no Ituano? a sintonia que tínhamos naquele grupo era muito boa, eles compraram muito a ideia, e aí você consegue no mínimo competir de igual para igual com times com o tamanho do Palmeiras, São Paulo nas quartas e do próprio Bragantino na semifinal".

O que faria de diferente no São Paulo

"Eu seria mais eu, o Carpini do Água Santa, do Guarani, Juventude, não estou comparando o tamanho porque a gente sabe as proporções do São Paulo são maiores, assim como do Vitória, mas eu tentei me adaptar muito ao clube enquanto eu acho que tem que ter essa troca, do clube também se adaptar a mim. Isso não foi uma questão da diretoria e sim minha, sempre tive autonomia para tomar minhas decisões, então acho que eu precisava ser mais eu em alguns momentos".

James não ter batido o pênalti na eliminação do São Paulo no Paulistão

"Eu fiz a escala e ele era o terceiro batedor. Depois, o Rafinha encosta em mim, como um líder e capitão, e disse que o James não queria bater porque não estava confiante, tinha perdido um pênalti na Sul-Americana. Aí falei com ele (James) e ele disse que não estava bem, não estava confiante e não iria bater. Se ele não estava confiante não vou obrigar ninguém, tinha três ou quatro atletas, o Diego Costa, Michel Araújo e Welington que se colocaram à disposição. Você tem os caras dentro ali que estão afim de fazer e estão mais confiantes no momento, então não tem porque eu falar você (James) vai bater. Aí se ele bate o terceiro e erra? Aí vem o Michel e disse que iria, e justamente foi o cara que acabou errando, foi uma fatalidade, é um cara que nunca fugiu da responsabilidade dele e tenho um respeito enorme".

'Demissão' do São Paulo na mídia

"Acho que a gente ficar sabendo tudo através de redes sociais, imprensa, claro que nem tudo que se lê é fato, mas pelo tamanho do São Paulo foi um momento muito difícil da minha vida, mas que me amadureceu muito. Nesse desafio agora no Vitória me sinto muito mais preparado, eu cheguei fazendo aquilo que eu penso, colocando minhas ideias e o que precisava ser feito. O São Paulo me fez muito bem, eu saio muito melhor e muito mais preparado para novas oportunidades até mesmo no futuro quem sabe no próprio São Paulo".

O Zona Mista do Hernan, apresentado pelo colunista do UOL André Hernan, vai ao ar às segundas-feiras, às 12h, no canal do UOL Esporte no YouTube.

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