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Jogadoras relatam assédio e ameaça de dirigente do Holanda-AM

Colaboração para o UOL, em Aracaju

08/07/2024 16h57

Em entrevista ao Joga Junto, a jogadora Martinha, que disputaria o Campeonato Amazonense Feminino pelo Holanda Esporte Clube, denunciou como foi o assédio sexual e as ameaças do diretor Jones Xavier a uma das atletas. Depois do caso, as jogadoras deixaram a equipe, que tampouco cumpriu o combinado com o elenco.

Segundo Martinha, Jones Xavier ofereceu R$ 10 mil para um jogadora menor de idade em troca de uma "massagem". Após a denúncia do assédio, a Federação Amazonense de Futebol repudiou o acontecido, acolheu as atletas, cobrou as autoridades policiais responsáveis e prometeu punição esportiva ao dirigente.

'Ele oferecia 10 mil para fazer uma massagem': "Não é uma vergonha só pra Manaus, e sim algo que não deveria acontecer em lugar nenhum do mundo, isso é algo muito sério. Pra gente, foi muito difícil lidar com essa situação, por mais que não tenha acontecido diretamente nem comigo e nem com a Vidal [também entrevistada no Joga Junto], nós por sermos as mais velhas assumimos essa responsabilidade de ajudar e acabamos sendo prejudicadas porque fomos ameaçadas, tentando ajudar uma menina que era menor de idade, estava sofrendo assédio, estava recebendo propostas de dinheiro, de viagem, ele estava iludindo a menina, fazendo promessas que não iriam ser cumpridas, somente para benefício dele. Oferecia R$ 10 mil para fazer uma massagem, pagar passagem para fora do país, entre outras coisas. A gente abraçou a causa, ficamos até o final apoiando ela e vamos ver no que vai dar, se a justiça for feita, vai dar tudo certo".

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'Ameaças de Jones Xavier na delegacia': "A gente foi ameaçada dentro da delegacia, eu e a Vidal. Quando a gente começou realmente levar isso pra frente, ele [Jones Xavier] dentro da delegacia parou na nossa frente e falou: 'vocês vão continuar com isso mesmo, né? Vocês vão ver o que vai acontecer com vocês quando a gente sair daqui'. A gente ficou sem chão, não quis passar nem mais um dia na Vila Olímpica, a gente mandou mensagem pras meninas, estavam todas de malas prontas. Assim que a gente saiu da delegacia e chegou na Vila Olímpica, a gente já saiu procurando a assistente social. A delegada não estava presente, um policial que estava perto só pediu para ele sentar e se acalmar".

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Assista ao Joga Junto na íntegra

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