Dono da SAF do Botafogo, John Textor questionou a atuação do auditor do STJD Mauro Marcelo de Lima e Silva, responsável por recomendar a suspensão do norte-americano por seis anos em inquérito que investiga supostas manipulações no futebol brasileiro. Textor publicou um texto em seu site no último domingo (7).
O que aconteceu
Textor questionou a imparcialidade do auditor e anexou postagens de Mauro Marcelo em jogos do Palmeiras. O norte-americano defende que o Alviverde foi favorecido em campanha que terminou com o título brasileiro de 2023.
O Sr. Mauro Marcelo demonstrou, em suas próprias redes sociais, uma óbvia afeição a favor do Palmeiras. Trecho de publicação de John Textor em seu site oficial
O Sr. Mauro Marcelo de Lima e Silva, cuja afeição pelo Palmeiras tem sido bem divulgada por meio de suas fotos pessoais, comete a ação impensável de punir um presidente de clube simplesmente por ter solicitado, de maneira confidencial, uma investigação envolvendo, ainda que indiretamente, o clube que o Sr. Mauro Marcelo parece apoiar.
Textor afirmou ainda que o auditor "parece estar agindo de acordo com a agenda de outra pessoa". O dono da SAF do Botafogo também destacou que "fico consternado pelo fato de que a minha procura pela elucidação de fatos e elementos de manipulações de partidas tenham motivado acusações graves contra mim".
Ele lamentou ainda que Mauro Marcelo tenha divulgado os nomes de jogadores, clubes e árbitros acusados de manipulação. O documento original ocultou os acusados pelo empresário, mas o texto pode ser selecionado, copiado e colado em outra área, revelando os nomes.
Lamento profundamente que o relatório elaborado pelo Sr. Mauro Marcelo de Lima e Silva tenha, deliberadamente, divulgado os nomes de potenciais envolvidos, além de ter publicizado o teor da documentação em análise no Inquérito, que contém dados sensíveis e informações confidenciais.
Eu nunca fiz qualquer alegação contra um clube, um jogador ou um árbitro específico. Minha única providência foi apresentar documentos, em especial de um expert com credibilidade e respeitado por órgãos governamentais e tribunais criminais em diversas jurisdições, e requerer que essa documentação fosse investigada pelo STJD, pelo Senado e pelos promotores criminais.
Textor revelou ainda que recebeu uma lista com 35 perguntas de Mauro Marcelo, mas que não teve oportunidade de responder. Para ele, os questionamentos "deixavam claro que ele havia me tornado seu alvo de investigação".
O relatório do STJD apontou as provas apresentadas por Textor como "imprestáveis" e sugeriu a suspensão do norte-americano por 2.340 dias. Também foi sugerido o pagamento de uma pena de R$ 2 milhões.
As alegações de precisão extrema e a capacidade de detectar manipulações e erros de arbitragem de maneira infalível não resistem a um exame rigoroso. Recomenda-se que as autoridades esportivas não dependam de tecnologias dessa natureza e busquem métodos mais confiáveis e transparentes para assegurar lisura e integridade das competições. Trecho do documento
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