Quem é o jovem peruano que chegou ao São Paulo com forcinha de ex-jogador?
O atacante Arnold Cotito, de 18 anos, é o novo reforço do São Paulo. O peruano chega à base do clube após indicação de Marcus Di Giuseppe, o Bica, ex-jogador do Tricolor.
O que aconteceu
Cotito estava no Sporting Cristal, do Peru, e será integrado ao sub-20 do São Paulo. Ele faz parte da seleção sub-20 do país e pode atuar tanto mais aberto — pela direita ou pela esquerda — quanto centralizado.
A imprensa local trata o garoto como "joia". Publicações ressaltaram que ele pode se destacar com o técnico Luis Zubeldía, que comandou o também peruano Paolo Guerrero na LDU, do Equador.
"Arnold Cotito é um jogador de futebol rápido, com gols e bom manejo de bola. Atua como ponta direita ou como centroavante. Ele superou essas avaliações e, agora, buscará colocar o nome do Peru em destaque no exterior", diz trecho de reportagem do La Republica.
O atacante está no Brasil desde março. Ele participou de algumas atividades para um período de adaptação e observação da comissão técnica do São Paulo.
Zubeldía é atento ao que acontece em Cotia. O treinador já visitou o CT da base e promoveu o zagueiro Igão, de 16 anos, aos profissionais, por exemplo.
Lembra dele?
Cotito desembarcou no Brasil após indicação de Marcus Di Giuseppe. Ele defendeu a base do São Paulo de 1986 a 1991 e fez parte de uma geração que contou com nomes como Doriva, Sidnei Lobo e Andrey.
Bica, como ficou conhecido, pendurou as chuteiras em 2005 e, atualmente, trabalha como olheiro. O ex-jogador tem uma empresa e faz avaliações, principalmente, no futebol peruano.
Tenho uma entrada grande, principalmente, no Sporting Cristal, pelo tempo em que atuei por lá. Então, me passam algumas características de jogadores e busco. O São Paulo procurava um jogador que se encaixava no que o Cotito apresenta. É um jogador de muita categoria, com passagem pela seleção sub-15, sub-17 e está na sub-20. Acredito muito no potencial dele Bica, ao UOL
Ele ressalta a importância de o mercado sul-americano ter virado alvo do Brasil. O ex-atacante salienta ainda a relação custo-benefício aos clubes brasileiros.
Sempre conversava com os clubes peruanos e batia nessa tecla: a necessidade de levar jogadores ao Brasil. Não apenas por negócio, mas também para desenvolvimento. O Brasil abriu as portas para o mercado sul-americano, basta ver quantos jogadores venezuelanos, por exemplo, atuam em grandes clubes. Os brasileiros entenderam que pode ser um investimento menor e um bom negócio
Bica fez carreira fora do Brasil, principalmente no Peru. Ele foi emprestado pelo São Paulo ao Botafogo-SP e, depois, rumou ao Sporting Cristal, onde chegou em 1995.
No país-vizinho, passou por seis clubes. Além do Cristal, o atacante defendeu o Sport Boys Callao, o Universitario, o Deportivo Junín, o Deportivo Estudiantes de Medicina e o Bolognesi. Ele defendeu equipes como Danubio (URU), Paniliakos (GRE) e Sunderland (ING)
Ele atuou também como comentarista de televisão no Peru e teve um canal por streaming. "Mesmo nos tempos de jogador, eu era convidado para comentar nos jogos que a seleção fazia contra o Brasil. E isso aumentou devido ao Guerrero, ao Cueva e a outros peruanos que atuaram no Brasil", contou.
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