Abel diz que é verdadeiro com Dudu e alfineta torcida: 'Se fosse o Rony...'
O técnico Abel Ferreira deu detalhes de como é a relação com Dudu após a vitória do Palmeiras sobre o Atlético-GO por 3 a 1, nesta quinta-feira (11), pelo Campeonato Brasileiro.
O que aconteceu
Abel Ferreira falou que é 'verdadeiro' com Dudu. O treinador português abordou alguns assuntos que fala com o camisa 7 durante os treinos e jogos do Palmeiras.
O comandante aproveitou o assunto para 'cutucar' a torcida. Ele fez referência a um gol perdido pelo atacante durante o jogo desta quinta-feira e projetou como seria a reação da torcida caso o lance fosse com Rony ou outro atleta do Verdão.
Abel destacou que torce por um gol de Dudu. O camisa 7 ainda não balançou as redes desde que se recuperou da lesão que sofreu no joelho durante a temporada passada.
Classificação e jogos
Dudu entrou ao longo do segundo tempo no jogo de hoje. O atacante substituiu Flaco López aos 22 minutos e foi ovacionado pela torcida, que fez coro pedindo o jogador.
O que ele disse?
Verdadeiro com Dudu. "Eu não digo a vocês o que eu quero, mas digo a verdade aos jogadores. Ele sabe toda a verdade da minha boca, quando ele deve jogar, quando não, no que está bem, no que deve melhorar."
Gol perdido. "Ainda bem que foi o Dudu a perder o gol, porque se fosse o Rony ou outro qualquer, o estádio vinha abaixo. A grandeza do coração e do homem como é o Veiga, que disse: 'toma, faz'"
Torcida por gol. "Eu queria que ele entrasse, fugisse da marcação, que não buscasse duelos, porque isso vai ser com o tempo. Fez o que era preciso, passou, chutou, criou. Seguramente, merecia fazer o gol pelos 10 ou 11 meses de calvário, de sofrimento. Ele sabe qual é a função que penso para ele, seja aberto pela esquerda ou por dentro como um 10. Ele aproveitou mais uns minutos e está cada vez melhor. Eu treino o Palmeiras, não um jogador específico, eu treino todos eles. Tudo o que eu faço é pensar no que é melhor para a equipe."
Flaco López. "Foi preciso, quando houve jornalista, comentarista, torcedor criticando, tivemos que fazer nossa parte. Eles têm que aguentar, criar casca, focar em melhorar as fraquezas, sobre tudo a nível mental. Ele está um animal, está forte, rápido, matador. Era um jogador que assinou por 4 ou 5 anos, tínhamos esperanças. Não gosto de trabalhar para no final do ano para dar tudo o que fiz para os outros, por isso que todo mundo quer os jogadores do Palmeiras. Sabem que jogam, são bem treinados."
Comparação com situação de Veiga. "O Flaco é um exemplo como foi o Veiga. O Veiga demorou três ou quatro anos. Lembro bem o que a torcida fez com o Veiga quando cheguei. Eu acredito nos meus jogadores."
Estêvão diferente. "Se os jogadores estão no Palmeiras, é porque eu, Leila e Barros acreditamos nele. Achamos que todos vão fazer o que o Estêvão faz, mas não. O Estêvão é ele. O resto, vamos continuar a ajudar a melhorar, a ensinar, a educá-los."
Focado na liderança? "Não pensamos nisso, eu não penso nisso. Eu só vejo jogos do Palmeiras e de equipes que vão jogar contra nós. Não gosto de ocupar minha cabeça com outras equipes. O que controlamos são as nossas tarefas. No final, somamos e vemos quantos pontos temos. Tanto faz o lugar que estamos agora, o que importa é chegarmos ali no fim próximos de disputar o título e é por isso que vamos trabalhar todos juntos."
Aníbal Moreno como 'pendulo'. "O Aníbal tem uma dinâmica boa, por isso queríamos este jogador. A direção trouxe quando conseguiu. Ele é o equilíbrio, é o pendulo da nossa equipe, ele que dá confiança para aqueles cinco chegarem próximos à área. Isto não é uma equipe de índios, há uma organização e dentro dela há liberdade para criarem, se ligarem e há princípios de jogos que temos. Um deles é o equilíbrio, e o Aníbal é este motorzinho."
Abel 'in love'. "Eu disse que os amo muito [no intervalo]. Gosto deles em todos os momentos, quando acertam ou erram. Dei-lhes as coordenadas, foram para dentro e fizeram o que tinham que fazer. Brincadeiras à parte, acho que entramos bem no jogo, intensos, dinâmicos. Aquele gol pôs à prova toda a nossa calma. É dar os parabéns ao jogador que fez o gol, que acreditou. Isso afetou um pouco a nossa confiança, abalou um pouco a nossa calma. Fizemos pequenas correções no intervalo, tentamos abrir dois jogadores em cada lado, mas mais do que tudo manter a calma nas tarefas individuais de cada um para que o passe, o cruzamento, o chute saíssem bem. Tivemos essa calma e tranquilidade para manter a calma e ganhar esse jogo de forma justa."
Saída de Jhon Jhon. "O Jhon Jhon é exemplo. Sou só eu que vejo talento ali, com muito potencial? Alguém via como eu. Ainda bem, fico feliz, o Bragantino vai levar um jogador com muita qualidade para um clube que não tem tanta pressão como o Palmeiras, tem um CT novo, um grande treinador, contexto ótimo para ele crescer."
Reforços. "Sim, vamos tê-los à disposição. Tínhamos 21 no banco hoje, temos vários jogadores lesionados, o Garcia vai embora. Parece que tudo que fazemos nessa equipe é muito fácil, mas não, é preciso muito trabalho, dedicação e esforço. Estes jogadores têm qualidade, vão nos ajudar, mas não quero colocar essa expectativa toda que colocam porque nossa equipe está bem, eles vêm para ajudar. Vai haver período de adaptação deles ao clube, ao grupo e ao futebol brasileiro: não pela qualidade, mas pela quantidade de jogos. São mais três soluções que temos em meio às saídas que tivemos. O clube e a direção sabem que as reposições têm que ser boas e penso que eles vão nos ajudar."
Felipe Anderson. "Eu nem acreditei quando o Barros contratou ele. Os meus jogadores treinam muito bem, mesmo os que não jogam. Me dá gosto ver os que não jogam treinar. É um orgulho para mim ver o que eu chamo de treino da asia, de quem não joga, e ver a vontade deles treinando. Seria injusto a falar só dele. Treina bem, pode jogar a 10, a 9, a 8, pela esquerda ou direita. Vem do Italiano, onde o rigor tático ele conhece. É um jogador pronto, conhece taticamente o jogo, não vou lhe ensinar nada. Se calhar, ele é quem vai dar dicas e ajudar."
Rivalidade com Botafogo? "Há uma coisa que tem que ficar clara: essa rivalidade não foi pelo Palmeiras. Continuamos fazendo o nosso trabalho, como sempre fizemos. Há três jogos do fim, o maior mérito que o Palmeiras teve é que foi resiliente. Parece que só o Palmeiras estava brigando pelo título, isso é mentira. Quem não viu, é porque não quer ver. Faltando 4 rodadas, Palmeiras, Grêmio, Botafogo, Flamengo, Bragantino podiam ser campeões. Por que só implicam com o Palmeiras? Eu não tenho problema com ninguém, acho o Botafogo excelente time, tem um excelente treinador, jogadores, tem um presidente que tem investido muito e isso diz muito da qualidade do clube. Da minha parte e dos meus jogadores, vamos fazer o que sempre fazemos, estudar o rival, ver as forças que têm, disputar o jogo e jogar para ganhar. É preciso reconhecer que tem uma belíssima equipe do outro lado e que começou mais uma vez bem este ano. O resto da história só me deixa triste quando tentam isolar só o Palmeiras."
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